Setor de serviços cresce, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia
Avanço de 0,7% do segmento em abril ocorre após tombo de 3,1% no mês anterior, aponta IBGE
Economia|Do R7
Após cair 3,1% em março, o desempenho do setor de serviços se recuperou e cresceu 0,7% em abril, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), no entanto, ainda é insuficiente para a retomada do setor ao patamar pré-pandemia, atingido apenas no mês de fevereiro. Segundo o levantamento, o nível de atividade do setor figura 1,5% abaixo do registrado em fevereiro do ano passado,
Na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume de serviços avançou 19,8%, segunda taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica, iniciada em janeiro de 2012. No acumulado do ano, o setor apresenta crescimento de 3,7%, número que interrompe a sequência de três quadrimestres seguidos de taxas negativas.
O resultado do setor em abril foi puxado por apenas duas das cinco atividades investigadas. Os maiores destaques ficaram por conta dos serviços prestados às famílias (+9,3%) e de informação e comunicação (+2,5%).
Para Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, o resultado dos serviços prestados às famílias deve ser relativizado devido ao tombo de 28% apurado no mês anterior, quando foram adotadas medidas mais rigdas para impedir o avanço do novo coronavírus no Brasil.
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"Decretos estaduais e municipais restringiram o funcionamento de algumas atividades para controle da disseminação do vírus. Isso fez o consumo reduzir significativamente naquele mês, então em abril houve um crescimento maior por conta da base de comparação muito baixa", explica Lobo.
Por outro lado, os únicos resultados negativos se abril foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os outros serviços (-0,9%) eliminando pequena parte do ganho acumulado de 6,2% entre fevereiro e março. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio apresentou estabilidade após recuar 3,1% em março.
O índice de atividades turísticas recuou 0,6% frente ao mês anterior, mesmo após forte retração de 23% em março. O segmento de turismo, agora, ainda necessita crescer 81,9% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado.