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Só 8 em cada 100 trabalhadores do país são filiados a sindicatos, menor número da história

Em 2023, queda foi de 42% em relação a 2012; Nordeste e Sul registraram os valores mais altos de pessoas sindicalizadas

Economia|Do R7, em Brasília

País tinha 100,7 milhões de pessoas com trabalho em 2023 Valter Campanato/Agência Brasil

Das 100,7 milhões de pessoas ocupadas no Brasil em 2023, 8,4% (8,4 milhões) eram associadas a sindicato, uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior. Em comparação com 2012 – início da série histórica –, quando o número era 14,4 milhões, o recuo foi de 42%. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Características adicionais do mercado de trabalho, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (21).

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O Nordeste (9,5%) e o Sul (9,4%) registraram os valores mais altos de pessoas sindicalizadas, enquanto o Norte (6,9%), Centro-Oeste (7,3%) e Sudeste (7,9%), os menores. Todas as regiões tiveram redução de sindicalizados em 2023.

O grupo de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda na taxa de sindicalização, passando para 15%. Essa atividade possui participação importante dos sindicatos de trabalhadores rurais, muitos deles de pequeno porte da agricultura familiar, principalmente, nas regiões Nordeste e Sul.

Também com cobertura sindical, a administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (14,4%) apresentou queda em 2023. O mesmo movimento foi observado em outros grupos, como indústria geral; transporte, armazenagem e correio; e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.


Sexo e nível de escolaridade

Em 2023, o percentual de homens sindicalizados (8,5%) superou o de mulheres (8,2%). Apenas nas regiões Nordeste e Sul, o percentual de sindicalizadas foi superior ao dos homens.

Dos 8,4 milhões de trabalhadores sindicalizados, 36,1% (3 milhões) tinham pelo menos o ensino médio completo e 37,3% (3,1 milhões) tinham ensino superior completo. A menor taxa de sindicalização era a dos ocupados com ensino médio incompleto, 5,4%, e a maior era dos ocupados com ensino superior completo, de 13,5%.


Em relação a 2022, houve redução da cobertura sindical em todos os níveis de instrução.

Setor privado x setor público

De 2022 para 2023, houve queda da taxa de sindicalização entre os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, de 11% para 10,1%, e dos empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar), de 19,9% para 18,3%. Esses dois primeiros grupos são aqueles que historicamente possuem os principais percentuais de filiação, mas também foram os que registraram as principais perdas nos últimos anos.

Segundo o IBGE, o resultado mostra, que independentemente do setor de atividade, a retração da sindicalização atinge todos os segmentos da ocupação.

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