Suspeita de fraude motivou 51% dos bloqueios de contas no Caixa Tem
Caixa afirma que vai orientar os beneficiários com acesso bloqueado diretamente pelo aplicativo a partir desta quinta-feira
Economia|Do R7
Pouco mais da metade (51%) das contas digitais bloqueadas no Caixa Tem apresentaram suspeita de fraude. Os outros 49% que tiveram o acesso interrompido têm inconsistências cadastrais. As contas abertas no aplicativo são responsáveis pelo recebimento do auxílio emergencial de R$ 600.
De acordo com a Caixa, o motivo dos bloqueios será apresentado a cada um dos beneficiários diretamente na tela do aplicativo a partir desta quinta-feira (23).
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Para os casos de suspeita de fraude, ao acessar o aplicativo será exibida uma mensagem destacando a necessidade de regularizar o acesso em uma agência bancária da Caixa.
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De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a procura por uma agência deve ser feita conforme o calendário de pagamentos do auxílio. "Se você nasceu em outubro, não adianta procurar uma agência neste momento em que estamos pagando os beneficiários nascidos em janeiro", alertou
Para Guimarães, a medida é importante para evitar as aglomerações. "Não vai adiantar a liberação do Caixa Tem se o depósito só vai ser feito em duas ou três semanas”, observou ele.
Já aos beneficiários com inconsistências cadastrais, basta realizar um novo acesso ao aplicativo e enviar a documentação pendente. "Essa inconsistência cadastral evita a necessidade de ir a uma agência e vai agilizar a liberação do cadastro”, afirmou o presidente do banco.
Quem estiver enquadrado nessa situação vai precisar enviar os documentos pelo WhatsApp após acessar um link indicado diretamente na tela do Caixa Tem. “O único aplicativo em que essa informação é válida é do Caixa Tem”, alerta Guimarães.
O presidente da Caixa classificou como “inaceitável” a ação dos hackers e garantiu que o banco irá atuar contra esse tipo de “malefício" à sociedade. “Este é um pagamento para a população mais carente do Brasil em um momento de pandemia. Desviar um dinheiro da população mais carente é algo inaceitável”, lamentou.