Tarifaço: recuo de Trump evitou desastre na cadeia do cacau, aponta economista
Decisão beneficia mais de 200 produtos, incluindo carne, café e fertilizantes, e é vista como vitória da diplomacia brasileira
Economia|Do R7
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A recente decisão de ampliar a lista de exceções tarifárias nos Estados Unidos trouxe alívio para setores estratégicos da economia brasileira. Entre os produtos beneficiados estão carne, café, frutas e fertilizantes, somando mais de 200 itens.
A medida reverte uma das principais sobretaxas impostas desde o início do tarifaço, o que, segundo especialistas, evita perdas significativas de mercado para exportadores nacionais.

Para o economista Ricardo Buso, a mudança representa uma vitória da diplomacia e da área econômica brasileira. Ele destaca que manter as tarifas seria insustentável para a própria economia norte-americana, pressionada pela inflação e pela necessidade de suprimentos agropecuários.
“Fez bem a diplomacia brasileira em ter essa leitura [...] e não fechar acordos prejudiciais, como alguns países fizeram”, afirma Buso, lembrando que café e carne, que já haviam tido redução de 10% na semana passada, agora zeraram as tarifas.
Em conversa com o Conexão Record News de sexta-feira (21), o economista chama atenção para o cacau, cuja cadeia produtiva é integrada e estava sob risco de crise maior.
“Se parar essa demanda, se não houver procura pela amêndoa que os Estados Unidos compram, automaticamente será necessário interromper a produção de manteiga de cacau também, mesmo que não seja destinada aos Estados Unidos, porque tudo é integrado. E nós já estamos com uma inflação substancial no setor”, explica.
Apesar do avanço, Buso pondera que a ordem executiva prevê negociações futuras, mantendo algumas restrições para determinados itens.
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