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‘Taxa das blusinhas’ faz 4 em 10 consumidores reduzirem compras em sites internacionais

Taxação sobre compras acima de US$ 50 reduz consumo em plataformas estrangeiras e estimula migração parcial para sites nacionais

Economia|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Quatro em cada dez consumidores reduziram compras em sites internacionais devido à "taxa das blusinhas".
  • A taxa de 20% se aplica a compras acima de US$ 50, incentivando 24% dos consumidores a optar por sites nacionais.
  • Os principais motivos das compras internacionais são preço baixo e variedade de produtos, com um gasto médio de R$ 239 por compra.
  • 60% dos consumidores preferem adquirir em sites nacionais se os preços e a variedade forem competitivos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Nos últimos três meses, a média por pessoa foi de quatro compras realizadas em sites estrangeiros Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo

Uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostrou que um em cada quatro consumidores reduziu ou parou de comprar em sites internacionais após a “taxa das blusinhas”.

Desde agosto de 2024, compras de outros países acima de US$ 50 passaram a sofrer uma taxa de 20%. Outro ponto demonstrado pelo estudo é que 24% passaram a comprar mais em sites nacionais.


A maioria dos consumidores discorda da cobrança, por considerá-la prejudicial para a população de baixa renda. O apoio é maior nas classes A e B, que afirmam que a medida é necessária para fortalecer o comércio nacional.

O principal motivador para a compra em sites internacionais é o preço reduzido (43%), seguido pelo custo do frete (38%), variedade de produtos (37%), confiança no site (35%) e qualidade dos produtos (31%).


O gasto médio da última compra em site internacional foi de R$ 239. Nos últimos três meses, a média foi de quatro compras realizadas. As formas de pagamento mais utilizadas são PIX (54%), com destaque para as classes C/D/E, e cartão de crédito (49%), preferido pelas classes A/B.

Os itens mais adquiridos nos últimos 12 meses são:


  • Roupas (41%)
  • Calçados (29%)
  • Acessórios de moda (26%)
  • Artigos para casa (24%)
  • Cosméticos e perfumes (22%)

“Os dados confirmam que o preço e a variedade continuam sendo o principal motor da decisão de compra dos brasileiros, e é aí que os varejistas nacionais enfrentam o maior desafio”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Alerta para os marketplaces nacionais

Além disso, Costa vê a queda do uso de marketplaces nacionais é um sinal de alerta.


“Para reverter essa tendência, o comércio brasileiro precisa de um ambiente de negócios mais competitivo, com políticas públicas que diminuam a carga tributária e melhorem a infraestrutura de logística, por exemplo”, destaca o presidente.

A pesquisa evidencia a consolidação dos marketplaces estrangeiros, impulsionada pelo preço baixo e pela forte presença digital, o que desafia a preferência por plataformas nacionais.

No entanto, 60% dos consumidores afirmam que prefeririam comprar em sites nacionais se os preços e a variedade fossem semelhantes aos internacionais.

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