Taxa de desemprego para as mulheres é 33,6% maior do que para os homens
O maior percentual de mulheres desempregadas foi registrado na região Sul, 54,4%
Economia|Juca Guimarães, do R7
Os dados da Pnad Contínua do IBGE, divulgados hoje pelo governo, apontam que o desemprego afeta mais as mulheres. Em todas as regiões do país, foram identificadas diferenças significativas na taxa de desocupação por sexo. No Brasil, a taxa ficou em 9,5% para os homens e 12,7% para as mulheres, uma diferença de 3,2 pontos percentuais (p.p.), ou seja, o índice de desemprego entre as mulheres é 33,6% maior do que entre os homens.
A região Norte mostrou a maior diferença (5,4 p.p maior para as mulheres) e as regiões Sul e Sudeste apresentaram a menor diferença (2,9 p.p maior para as mulheres).
Na população desocupada, o percentual de mulheres foi superior ao de homens. No 1º trimestre de 2016, elas representavam 50,8% dos desempregados no Brasil.
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Apenas na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (48,9%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Sul (54,4%).
Por nível de instrução, a maior taxa de desocupação, no Brasil, foi observada para pessoas com ensino médio incompleto (20,4%). Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 13,3%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (5,9%). Esse comportamento se repete entre as grandes regiões.
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Por grupos de idade, a taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos, no Brasil, foi de 24,1%. Nas regiões Sudeste (25,5%) e Nordeste (27,4%) a taxa de desocupação das pessoas de 18 a 24 anos foi maior que a média nacional para a idade. A região Sul (17,2%) apresentou a taxa menos elevada. Destaca-se, ainda, a alta taxa de desocupação no Sudeste para as faixas de 14 a 17 anos (48,4%).