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Tecnologia impulsiona a vida das mulheres empreendedoras

Elas buscam ampliar a fonte de renda com novos negócios e contam como conseguiram vencer desafios para ganhar mais dinheiro e satisfação pessoal

Economia|Karla Dunder, do R7

Mulheres usam a tecnologia como instrumento de empreendedorismo. Uma pesquisa realizada pela MindMiners — empresa referência em pesquisas digitais — em parceria com a PayPal (empresa de pagamento online) 51,5% dos empreendedores brasileiros são, na verdade, empreendedoras e a principal motivação para empreender é complementar a renda, 21% das mulheres entrevistadas apontaram isso como incentivo central e 14% enxergam o empreendedorismo como uma oportunidade de ganhar mais dinheiro. Outra razão é a independência, apontada como motivação por 11% das respondentes.

No cenário das startups, segundo dados da ABStartups (Associação Brasileira de Startups), cerca de 12,73% das startups são comandadas por mulheres. Hoje, a Associação possui mais de 5 mil startups associadas e mais de 62 mil empreendedores de todos os estados do Brasil.

“Fazia marmitinhas caseiras, colocava tudo no carro e vendia na rua. Não importava o tempo: calor, frio, chuva, lá estava eu atendendo os pedidos feitos pelo WhatsApp”, conta Magali Frige. “Eu até que vendia bem, mas não tinha controle algum do quanto entrava de dinheiro e também desperdiçava muita comida.”

Magali conta que passava o dia entre panelas e compras. “Não conseguia administrar o meu tempo, vivia em função do trabalho e não tinha tempo para a minha filha”. Até que percebeu que poderia usar a tecnologia a seu favor. Ela descobriu a startup Eats for You, que atua por meio do modelo de marketplace conectando pessoas que cozinham com aquelas que buscam comida caseira.


“Num primeiro momento pensei que fosse concorrente, mas depois entendi como funciona, percebi que eu não tinha noção real de gasto, lucro e custo e nem sabia administrar o meu tempo”, diz. “A startup funciona como uma facilitadora, eles oferecem as embalagens e motoboy, eu só produzo aquilo que foi pedido, consigo trabalhar menos, ganhar mais e o principal: tenho tempo para a minha filha.”

O conceito de marketplace também moveu a psicóloga Milene Rosenthal a empreender. “Tinha uma carreira estável, mas percebi que não havia no mercado nenhuma plataforma que conectasse psicólogos e pacientes e decidi arriscar”, lembra. 


Milene deixou salário, benefícios em busca de mais flexibilidade de tempo e satisfação pessoal. Quando a TelaVita nasceu Milene era responsável por todas as áreas. “Era uma loucura, cuidava do administrativo, financeiro, marketing, hoje temos 20 pessoas no escritório”. A ideia do negócio é facilitar o acesso ao atendimento psicológico, que pode ser feito em ambiente digital. O sucesso foi tamanho, que em 2014 Milene recebeu o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae.

Foi a tecnologia que tirou Tatiana Pezoa do vermelho. “As pessoas começam do zero, eu comecei devendo R$ 200 mil que era a dívida que eu carregava de um negócio que não deu certo”, conta. “Queria continuar com o meu negócio, usar o meu conhecimento, mas ao mesmo tempo sabia que precisava ajustar o foco”.

Lendo textos na internet que Tatiana descobriu que 33% dos americanos liam as avaliações de outros consumidores em lojas online. Veio o insight: como saber se aquilo que está escrito é de fato a opinião de um consumidor? Nasceu a Trustvox, primeira certificadora de reviews/opiniões no Brasil. “Apresentei meu projeto para uma rede de investidores que me apoiaram. Hoje eu até dou palestras e faço monitoria no Sebrae."

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