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Trabalhadores do comércio ganham, em média, dois salários mínimos, mostra IBGE

Comércio atacadista liderou ranking de maior remuneração média; Sudeste é a região que pagou os maiores salários em 2022

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília


Atividades que pagam melhor estão no comércio por atacado Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os brasileiros que trabalham no comércio recebem, em média, dois salários mínimos, o maior patamar da série histórica. O atacado liderou com o maior salário médio (2,9 salários mínimos), seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3 salários mínimos) e pelo comércio varejista (1,7 salário mínimo). Os dados são da PAC (Pesquisa Anual do Comércio) 2022, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Segundo o levantamento, na comparação com 2013, os três segmentos apresentaram um discreto aumento da remuneração paga. O comércio por atacado e o de veículos, peças e motocicletas registraram um aumento de 0,1 salário mínimo, cada, enquanto o comércio varejista teve alta de 0,2 salário mínimo na última década.

Em 2022, os maiores salários pagos se encontravam nos seguintes segmento do comércio por atacado:

Comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI e comunicação: 4,4 salários mínimos.


Comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes: 4,4 salários mínimos.

Comércio por atacado de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos, ortopédicos, material de escritório, papelaria e artigos de uso doméstico: 4,1 salários mínimos.


Em contrapartida, os menores salários foram constatados nas atividades de representantes e agentes do comércio (1,3 salário mínimo) e de comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3 salário mínimo).

Por região

Em 2022, a região Sudeste foi a que pagou os maiores salários (2,1 salários mínimos) aos funcionários, seguida pela região Sul, que empatou com a média brasileira (2 salários mínimos) e Centro-Oeste (1,9 salário mínimo). Nos últimos lugares, com as menores remunerações, aparecem o Norte (1,8 salário mínimo) e o Nordeste (1,5 salário mínimo).


O estudo mostra que o Sudeste atingiu um total de 5,2 milhões de pessoas ocupadas em 2022, uma queda de 2,9% (157 mil pessoas) em relação a 2013. A Região Sul perdeu 31,5 mil pessoas (queda de 1,5%) no mesmo período, para um total de 2 milhões de pessoas.

As outras regiões tiveram alta entre 2013 e 2022: o Nordeste empregou 1,8 milhão de pessoas, um aumento de 24,4 mil pessoas; o Centro-Oeste fechou o ano com 908,5 mil pessoas ocupadas, o maior valor da série histórica, uma alta de 49,2 mil pessoas (5,7%); o Norte, por sua vez, ficou com 364,9 mil pessoas, após aumento de 38,4 mil pessoas (ganho de 11,8%).

Ranking de pessoal ocupado

Nos últimos 10 anos, a atividade de hipermercados e supermercados foi a que mais cresceu em termos absolutos. Em contrapartida, as três maiores quedas ocorreram no segmento de comércio varejista.

Veja abaixo o ranking de maiores aumentos (em pessoas):

Hipermercados e supermercados: de 1,14 milhão em 2013 para 1,53 milhão em 2022 (variação de 392,1 mil).

Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos: de 731,1 mil em 2013 para 880,1 mil em 2022 (variação de 149 mil).

Comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos: de 78,1 mil em 2013 para 112,7 mil em 2022 (variação de 34,6 mil).

Veja abaixo o ranking de maiores reduções (em pessoas):

Comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho: de 1,35 milhão em 2013 para 1,06 em 2022 (queda de 289.9 mil).

Comércio varejista de material de construção: de 964,7 mil para 854,3 mil (queda de 110,4 mil).

Comércio varejista de produtos novos e usados sem especificação: de 597,1 mil para 519,7 mil (queda 77,4 mil).

Receita

As empresas comerciais registraram uma receita bruta de R$ 7,2 trilhões. Deste total, R$ 621,1 bilhões foram provenientes do comércio de veículos, peças e motocicletas; R$ 3,7 trilhões, do comércio por atacado; e R$ 2,9 trilhões, do comércio varejista.

Em 2022, entre os 22 agrupamentos do setor comercial, três segmentos se destacaram por gerar a maior parte da receita operacional líquida:

comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes: 12,7%;

hipermercados e supermercados: 11,4%;

comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo: 8,6%.

Entre os 22 agrupamentos de atividades, o comércio de veículos automotores foi o que mais perdeu em participação do total da receita do comércio, com queda de 3,6 pontos percentuais entre 2013 e 2022.

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