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Transição e Petrobras discutirão estratégia e desinvestimentos na terça-feira

No encontro desta segunda-feira, foi falado sobre tributação, comercialização e abastecimento de combustíveis

Economia|

Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa, no Brasil
Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa, no Brasil Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa, no Brasil

A Petrobras e o grupo de transição do governo federal deverão se reunir novamente nesta terça-feira (6) para discutir sobre política de desinvestimento e o novo plano estratégico da petroleira 2023-2027, após ter tratado na manhã desta segunda-feira de tributação, comercialização e abastecimento de combustíveis, disseram integrantes do grupo.

A Reuters publicou mais cedo, com base em fontes com conhecimento no tema, que houve uma apresentação sobre questões relacionadas aos preços de combustíveis, mas sem detalhar a fórmula da companhia.

O principal objetivo da equipe de transição é buscar uma fotografia do que está acontecendo atualmente com a petroleira e levantar pontos de atenção sobre possíveis urgências, inclusive sobre temas que eventualmente conflitem com visões do governo eleito, explicou à Reuters a integrante da equipe Magda Chambriard.

"O bacana é dizer que esse grupo enxerga uma Petrobras essencial para o Brasil e que, portanto, precisa ser uma empresa forte e respeitada", destacou Chambriard, para quem o ambiente do encontro foi "muito cortês, como não poderia deixar de ser".

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A Petrobras prevê investir US$ 78 bilhões entre 2023 e 2027, alta de 15% em relação ao plano de negócios plurianual anterior, com o segmento de exploração e produção mantendo o protagonismo. O programa manteve gestão de portfólio ativa, com expectativa de desinvestimentos entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões no quinquênio.

O grupo de transição havia solicitado em reunião virtual na semana passada que a atual gestão da Petrobras suspenda os processos de desinvestimentos que ainda possam ser paralisados, para que o novo comando da petroleira no ano que vem consiga avaliar com calma os próximos passos sobre o assunto.

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Ao falar à Reuters, Chambriard, que foi diretora-geral da reguladora ANP, disse que, como consultora, acha que "a Petrobras precisa caprichar um pouco mais em seu planejamento de longo prazo".

"Cinco anos para mim é um período muito curto, principalmente quando a gente fala em transição energética em 2050, e acho que a política de transição energética no que diz respeito à parte de biocombustíveis ficou muito pouco definida no planejamento", afirmou, ressalvando que é sua opinião como consultora.

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Segundo ela, o capital alocado para transição energética no plano de negócios é relativamente pequeno.

Em nota, o integrante do grupo de transição Deyvid Bacelar reiterou nesta terça-feira que o plano estratégico "será revisto pelo novo governo, dando ênfase, entre outras coisas, ao aumento da capacidade interna de refino, a fim de que o Brasil caminhe também para autossuficiência em combustíveis e até para ser exportador de derivados de petróleo".

Abastecimento

Havia uma preocupação da equipe de transição sobre uma crescente demanda por combustíveis neste fim de ano e se o país estaria pronto para garantir a oferta.

"O grupo queria ter a certeza de que não haveria problema para o abastecimento, e fomos tranquilizados", disse Maurício Tolmasquim, outro integrante do grupo, que explicou que a reunião durou cerca de três horas.

Em nota, o senador Jean Paul Prates, também participante do grupo de transição, disse que é esperado um inverno rigoroso e crise de preços na Europa. "A Petrobras afirmou que está monitorando e tomando providências em relação ao estoque nacional de combustíveis para esse período", disse.

Já na temática sobre preços de combustíveis, os integrantes explicaram que não foram tratados detalhes, e que não se falou sobre fórmula de reajustes nem sobre políticas para o futuro.

Prates disse, no entanto, que foram feitos vários questionamentos sobre a política de preços de paridade internacional e sobre o acordo da Petrobras com o Cade, que pode resultar na venda de oito refinarias da estatal.

Também foram debatidas as políticas de refino, abastecimento e logística da empresa.

"A Petrobras afirmou que passou a usar ferrovias e a desenvolver uma logística para atender o mercado do interior do país, principalmente o mercado do agronegócio e os distribuidores regionais", explicou.

Outro ponto de atenção levantado na reunião de hoje foi sobre discussões em curso sobre uma revisão do preço mínimo de referência para o cálculo de royalties do petróleo, que poderá resultar em uma elevação dos valores a ser pagos e impactar petroleiras, segundo Chambriard.

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