‘Transparência na hora da contratação do crédito é absolutamente fundamental’, diz especialista sobre Pix parcelado
Banco Central recuou no processo de regulamentação da modalidade de pagamento e proibiu bancos de continuar a usar o nome
Economia|Do R7
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A diretoria do Banco Central desistiu, por ora, de regular o Pix parcelado, segundo decisão divulgada nesta quinta-feira (4). Além de abandonar a regulação, o BC proibiu as instituições financeiras de utilizarem o nome do recurso. Apesar da decisão, termos como “Pix no crédito”, “parcele no Pix” ou similares continuam permitidos. A decisão acabou por pegar muitos bancos de surpresa e recebeu críticas de entidade de direitos do consumidor.
Para Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, a decisão do BC ficou pouco clara e controversa, uma vez que não houve uma desistência total da regulamentação, mas sim a determinação de um prazo para se concluir o projeto devido a problemas enfrentados no decorrer do processo. Por se tratar de uma espécie de empréstimo, o especialista explica que problemas com taxas altas e riscos de endividamento, principalmente com taxas rotativas, geram preocupações à autoridade monetária.

“Então o que nós estamos vendo não tem a ver com tecnologia, é um verdadeiro embate por parte das instituições financeiras que, claro, querem menor interferência justamente para poder cobrar mais, e do outro lado o Banco Central que está sofrendo toda essa pressão e não está chegando num acordo”, comenta em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (5).
Em paralelo à decisão, Igreja destaca a importância da educação financeira para a população escapar de situações que podem comprometer seus orçamentos, como anúncios não tão claros de como funcionam medidas de créditos, como cheque especial. Ele pontua que muitas pessoas desconhecem como realmente funcionam esses recursos e acabam sendo induzidas por propagandas que mostram dinheiro de forma fácil, principalmente em momentos de necessidade.
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“Transparência na hora da contratação do crédito é absolutamente fundamental, então as pessoas muitas vezes escutam a palavra regulamentação e acho que é uma interferência estatal, que o mercado vai ficar menos competitivo e em muitos casos é exatamente o contrário, é basicamente definir as regras do jogo, porque aí você tem um mercado mais competitivo, mais aguerrido e melhor que o consumidor”, conclui.
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