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Varejo terá prejuízo de R$ 11 bilhões após reclassificação em SP

Estimativa é da FecomercioSP, que calcula que apenas na capital perda média será de R$ 6 bilhões no mês de março 

Economia|Do R7

Consumo, consumidor, varejo, supermercados, compras, varejo, inflação
Consumo, consumidor, varejo, supermercados, compras, varejo, inflação

Após o anúncio feito pelo governo de São Paulo, na quarta-feira (3) de reclassificar todo o estado para a fase vermelha a partir da primeira hora do próximo sábado (6), o comércio varejista paulista pode registrar perda de R$ 11 bilhões no mês de março, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O valor é semelhante aos impactos mensurados de recuo médio mensal entre abril e maio de 2020, meses críticos da pandemia da covid-19 no ano passado.

Leia também: Vendas do comércio encerram 2020 com queda histórica de 12,2%

Na nova classificação, que deve perdurar até 19 de março, funcionam apenas setores essenciais, como instituições médicas, transporte, imprensa, padarias, mercados, farmácias, além de escolas e atividades religiosas. Restaurantes, lanchonetes e bares devem fechar as portas e apenas funcionar em esquema de delivery ou drive-thru.


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Segundo a Federação, só na capital paulista, a estimativa é de uma perda média de R$ 6 bilhões no mês em medição. No entanto, na avaliação da instituição, se não houver fiscalização em relação às irregularidades e atividades clandestinas, a medida adotada pelo governo será ineficaz.

Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou nesta semana que o setor já perdeu 75,2 mil lojas devido à pandemia da covid-19. O saldo negativo anual de lojas é o maior desde a recessão em 2016. De acordo com o CNC, sem o auxílio emergencial, o prejuízo seria ainda maior.


E-commerce

Diante do cenário negativo, as vendas online continuam sendo uma aposta para o varejo. Segundo Felipe Dellacqua, sócio da Vtex, "quem ainda não se digitalizou vai ficar para trás".


"É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor", afirmou o executivo.

O Whatsapp, apesar de ser um canal de vendas fácil e acessível, ainda não é utilizado por muitos lojistas. "Os grupos de WhatsApp se tornaram maiores e mais ativos. Com isso, a preferência do consumidor por manter a comunicação centralizada nesse canal cresce a cada dia", aponta Dellacqua.

Em sua avaliação, é recomendável migrar para o WhatsApp Business, uma vez que a plataforma oferece diversas ferramentas para taguear clientes e organizar melhor o atendimento por um único número.

Segundo uma pesquisa realizada pela EbitNielsen no final do ano passado com consumidores que compraram online, 95% dos entrevistados pretendem continuar com esse hábito em 2021. A expectativa ainda é que as vendas do e-commerce cresçam 26% este ano, o que levaria o setor a um faturamento de R$ 110 bilhões.

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