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Veja 7 respostas sobre o Voa Brasil, adiado para o fim de setembro

Programa do governo federal, que vai oferecer passagens de avião a R$ 200, tinha lançamento previsto para agosto 

Economia|Do R7

Avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)
Avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) Avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)

Anunciado em março pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, o programa Voa Brasil, que vai viabilizar a venda de bilhetes aéreos por R$ 200, foi adiado para o fim do mês de setembro, informa o Ministério. Desde o início, a previsão de lançamento era para agosto, o que foi confirmado por França no último dia 22, e por Celso Sabino, titular do Turismo, dia 23.

"Estamos em tratativas avançadas e, nos próximos dias, nós pretendemos e vamos fazer um anúncio que vai promover a redução do preço médio das passagens, o lançamento de novos destinos e o aumento da frequência de voos para destinos pouco atendidos", falou Sabino, na quarta-feira (23), durante audiência pública no Senado.

O Voa Brasil foi criado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com três objetivos: incentivar o turismo nacional e o desenvolvimento regional, e promover a inclusão social. A ideia é tornar as viagens de avião mais acessíveis para um maior número de brasileiros e impulsionar o deslocamento dentro do país, principalmente para localidades menos atendidas por esse tipo de transporte. 

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Para quem não acompanhou as declarações dos ministros ou ainda tem dúvidas sobre como o programa vai funcionar, a reportagem do R7 esclarece sete principais questões, a partir do que já foi divulgado sobre o Voa Brasil até agora; veja:

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1) Quem vai poder comprar os bilhetes de avião a R$ 200?

O Voa Brasil é voltado às pessoas de baixa e média renda, com ganhos mensais de até R$ 6.800, e que não tenham viajado de avião no último ano. Na fase inicial, poderão participar aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), estudantes que utilizam o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e servidores públicos

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“Se você voou nos últimos 12 meses, você está fora desse programa, porque o objetivo é trazer as pessoas que não voaram. O programa tem um corte inicial, é o CPF. Quem colocar o CPF e [o sistema mostrar que] voou nos últimos 12 meses, essa pessoa pode até ter mais necessidade, mas o nosso objetivo é trazer os 90% [das pessoas] que não estão voando”, explicou Márcio França, em julho

2) Como os beneficiários terão acesso ao programa?

Quem se interessar em participar do Voa Brasil terá que acessar o site ou o aplicativo que o governo vai lançar, onde poderá consultar, a partir do número do CPF, se atende aos critérios do programa. Se estiver tudo certo, a compra dos bilhetes será liberada em seguida

Cada beneficiado poderá comprar até duas viagens por ano, o que corresponde a quatro trechos de R$ 200, com direito a um acompanhante em cada trecho

“A pessoa vai dizer, por exemplo, que quer ir do Rio de Janeiro para o Recife, e ele [site ou aplicativo] vai dar opções das companhias nos meses intermediários. Cada trecho de passagem é fixado em R$ 200. É R$ 200 para ir e R$ 200 para voltar. E cada pessoa só pode comprar quatro trechos. Ele vai acompanhado de alguém, de um familiar, para que possa comprar quatro trechos”, falou, também em julho, o ministro da pasta de Portos e Aeroportos

3) O pagamento poderá ser parcelado?

Sim. França disse que será possível financiar o valor total pago pelas passagens em até 12 vezes, por meio de acordos com os bancos públicos CEF (Caixa Econômica Federal) e BB (Banco do Brasil)

4) O comprador vai poder escolher o destino e a época do ano das viagens?

Isso não será possível, pois o programa vai comercializar apenas os lugares que estiverem disponíveis no site e no aplicativo. Serão os assentos que não foram vendidos pelas companhias aéreas parceiras nos voos domésticos regulares, e que ficaram vazios (ociosos)

A disponibilidade se aplica também às datas. Estarão disponíveis passagens para os meses de baixa temporada, quando há menor procura por voos, por exemplo, de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando a ociosidade nesses voos chega a 21%

5) O programa vai oferecer outros benefícios?

Ainda não há previsão, mas o governo tem a intenção de, futuramente, negociar descontos com hotéis e pousadas para a hospedagem dos beneficiados em períodos de baixa temporada

O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse recentemente que pretende implementar uma política complementar ao Voa Brasil, que deve se chamar Viaje Mais, voltada à aquisição de estadia a baixo custo

Além disso, existem estudos sobre a possibilidade de oferecer cashback para quem comprar passagens pelo programa. O governo tenta convencer as concessionárias que administram os aeroportos a devolver parte da taxa de embarque, para que as pessoas gastem com alimentação ou transporte

Ainda sobre os aeroportos, o Ministério comandado por França afirma que todos serão preparados para receber um fluxo maior de passageiros

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6) Quantas passagens serão oferecidas?

O Voa Brasil terá capacidade para vender entre 50 mil e 1,5 milhão de bilhetes aéreos por mês, ao custo de R$ 200 cada, segundo Márcio França. Ele calcula que será possível oferecer entre 14 milhões e 15 milhões de passagens ao ano, considerando os assentos vagos em voos domésticos

“Esse programa, inicialmente, tem capacidade para 1,5 milhão de passagens ao mês. Mas nós vamos começar gradualmente, porque muita gente não voa, não é só porque não tem dinheiro. Muita gente tem constrangimento, nunca voou, vai pela primeira vez. Às vezes tem o constrangimento de chegar ao check-in e não saber para onde vai", disse o ministro

7) Como o governo vai conseguir passagens por esse preço?

O governo vai gerenciar as passagens não vendidas de voos domésticos das companhias aéreas parceiras, principalmente nos períodos fora da alta temporada, como os meses entre março e novembro, nos quais se estima que 21% dos assentos fiquem vazios

Até meados de agosto, as três maiores empresas que operam no país, Latam, Gol e Azul, já tinham aceitado participar do programa, segundo o ministro

França também afirmou que negocia a vinda para o país de empresas áereas low cost, que têm tarifas mais baixas, por não oferecerem alguns serviços, como o transporte de bagagem, por exemplo. “O presidente Lula me pediu para trazer ao Brasil as empresas que voam mais barato. Elas vão chegar ainda neste ano", concluiu França

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