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Vendas do comércio caem pelo 3º mês consecutivo, mostra IBGE

Setor acumula perda de 2,5% desde junho, mas encontra-se 1,1% acima do patamar pré-pandemia

Economia|Do R7

Ramos de tecidos, vestuário e calçados saltou 13% em agosto
Ramos de tecidos, vestuário e calçados saltou 13% em agosto

O volume de vendas do comércio recuou 0,1% em agosto, na comparação com o mês de julho, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado corresponde à terceira variação negativa consecutiva do setor, que perdeu 2,5% no período.

A trajetória negativa da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), iniciada em junho, ocorre após o setor acumular uma alta de 1,4% no primeiro semestre, frente ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros cinco meses do ano, o setor não apresentou perdas em nenhum deles.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado de agosto posiciona o comércio no menor patamar deste ano. Ainda assim, o ramo encontra-se 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). “A trajetória da PMC depois da pandemia ainda é bem volátil”, explica ele.

Na comparação com agosto de 2021, as vendas do comércio foram 1,6% maior neste ano, após três meses seguido de queda na mesma comparação. No acumulado dos oito primeiros meses de 2022, o setor acumulou aumento de 0,5%, e, nos últimos 12 meses, amarga uma queda de 1,4%.


No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,6% frente a julho e 0,7% contra agosto de 2021.

Atividades

Em agosto, cinco das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (13%), combustíveis e lubrificantes (3,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%).


Em menor ritmo, também cresceram na comparação com o mês de julho as áreas de móveis e eletrodomésticos (1,0%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).

Por outro lado, as atividades de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%) perderam volume.


Santos explica que a participação da atividade de supermercados foi fator âncora, segurando a variação do indicador muito próxima ao zero. "A atividade pesa cerca de 50% no índice global. Artigos farmacêuticos, com -0,3%, também contribuiu em termos de peso para essa ancoragem”, diz ele.

O pesquisador avalia também que as atividades que apresentaram queda mensal têm ganhado relevância na análise dos resultados, devido aos resultados negativos nos últimos meses. Ele ainda destaca o bom desempenho da área de combustíveis.

“A redução nos preços dos combustíveis levou a receita nominal a uma queda de 4,5%, mas que foi compensada com um rebatimento de 3,6% no volume. Em julho esse rebatimento foi maior, porque a redução nos preços também foi maior”, afirma Santos.

Já a atividade de tecidos, vestuário e calçados, devolve em parte as quedas dos últimos meses. “A atividade caiu 11,4% de maio para junho e 13,0% de junho para julho, então, o atual crescimento não chega nem a compensar as quedas dos meses anteriores”, explica o pesquisador.

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