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Educação

América Latina pode perder US$ 1,7 bi com a crise educacional

Para o Banco Central, situação gerada pela pandemia deve ter  impacto negativo nas próximas gerações

Educação|Do R7

Impacto da crise educacional afetará a aprendizagem e o futuro das novas gerações
Impacto da crise educacional afetará a aprendizagem e o futuro das novas gerações

A América Latina pode perder até US$ 1,7 bilhão (R$ 9,5 bilhões) pela "crise educacional" provocada pela pandemia, o que implica um impacto negativo futuro no capital humano, na produtividade e um aumento da "pobreza de aprendizagem", advertiu nesta quarta-feira (17) o Banco Mundial.

"Esta é a pior crise educacional já vista na região e nos preocupa que possa ter consequências graves e duradouras para toda uma geração, em especial nos setores mais vulneráveis", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, em um comunicado.

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A entidade advertiu que no futuro, "a enorme perda de educação, capital humano e produtividade pode se traduzir em uma queda de renda agregada em nível regional de 1,7 bilhão de dólares".

Em termos de competências, o BM advertiu que a "pobreza de aprendizagem", que define o percentual de crianças de dez anos incapazes de ler e compreender um relato simples, pode ter aumentado de 51% a 62,5%, o que equivale a 7,6 milhões de crianças a mais nesta categoria.


Segundo este informe, após dez meses, o equivalente a um curso escolar sem aulas, 71% dos alunos dos primeiros anos do ensino médio podem não ser capazes de compreender adequadamente um texto de extensão moderada.

E se o fechamento se estender por mais três meses, o percentual poderá alcançar 77%.


Além disso, os especialistas do banco advertiram que estes efeitos negativos afetam sobretudo as pessoas com menor rendimento, o que pode ter aumentado em 12% adicionais o abismo educacional entre ricos e pobres.

A estes impactos negativos adiciona-se a possibilidade de que a evasão escolar aumente em pelo menos 15% devido à pandemia e ao impacto negativo nos estudantes que se beneficiam de programas de alimentação nas escolas.

"Os governos devem agir de forma urgente para recuperar o terreno perdido e aproveitar a oportunidade para melhorar os sistemas educacionais", concluiu Jaramillo.

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