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Educação

Bolsonaro volta a criticar Enem e diz que está mudando a prova

Apesar das declarações, especialistas verificaram algum equilíbrio nas questões. A segunda etapa será realizada no próximo domingo

Educação|Do R7

Bolsonaro durante cerimônia de certificação das escolas cívico-militares
Bolsonaro durante cerimônia de certificação das escolas cívico-militares

Durante uma solenidade no Palácio do Planalto para certificar escolas cívico-militares, o presidente Jair Bolsonaro reiterou críticas nesta quarta-feira (24), ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e voltou a dizer que a prova está mudando aos poucos. O chefe do Executivo ainda relativizou a ditadura militar brasileira. "O que eu quero com isso? Não é discutir o período militar. É começar a história do zero", afirmou.

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As falas vêm após a primeira etapa do Enem, ocorrida no último domingo (21). Apesar de Bolsonaro ter afirmado que a prova passaria a ter a cara do governo, especialistas verificaram algum equilíbrio nas questões. A segunda etapa acontece no próximo domingo.

Hoje, o presidente voltou a criticar o Enem. "Olha as provas do Enem como eram há pouco tempo, estamos mudando isso", declarou na cerimônia. "Se eu pudesse interferir no Enem, pode ter certeza, a prova estaria marcada por questões objetivas, não ideológicas, como ainda vimos nessa prova", acrescentou.

Bolsonaro disse que gostaria de perguntar, no Enem, quem foi o primeiro general que comandou o Brasil em 1964 - ou seja, após o golpe militar. "Não vou discutir se foi ou se não foi ditadura militar. Mas eu queria colocar uma questão, se pudesse: quem foi o primeiro general que assumiu em 1964? Foi o Castello Branco. Em que data? Eu queria perguntar. Duvido que a imprensa acertaria".


O presidente também disse que Castello Branco foi escolhido presidente da República "à luz da Constituição", sem considerar que houve uma tomada de poder ilegítima em 1964, e atacou a anulação, pelo Congresso, da sessão legislativa que depôs o ex-presidente João Goulart e abriu espaço para a ditadura. A decisão foi tomada em 2013.

Bolsonaro ainda criticou a prova exigida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para permitir o exercício da advocacia no País. "Não consigo entender, uma pessoa faz cinco anos de direito e tem que fazer prova para trabalhar", disse o presidente na cerimônia.


Entre as insistências de retórica, o chefe do Executivo voltou a criticar a revisão do marco temporal e a defender a instalação de hidrelétricas no Rio Cotingo, apesar dos impactos socioambientais, e exploração de recursos minerais na Amazônia.

Na cerimônia de hoje, foram certificadas 43 escolas cívico-militares. De acordo com o presidente, a ideia é implementar mais 216 unidades educacionais neste formato em 2022 ano eleitoral.

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