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Concurso para professor de SP revolta candidatos ao eliminá-los sem justificativa na etapa prática

As reclamações estão relacionadas à videoaula que deveria ser postada no site da Vunesp, responsável pelo processo

Educação|Beatriz Kawai* e Vivian Masutti, do R7

Resultado recebido por candidata do concurso do estado de SP
Resultado recebido por candidata do concurso do estado de SP Resultado recebido por candidata do concurso do estado de SP

Desde quarta-feira (25), quando saiu o resultado do concurso para 15 mil vagas de professor da rede estadual de São Paulo, sob a gestão Tarcísio (Republicanos), centenas de candidatos têm usado redes sociais e sites como o Reclame Aqui para manifestar insatisfação com o processo seletivo, que contou com 290 mil inscritos. 

As reclamações têm relação com a etapa prática, uma videoaula que deveria ser enviada até 20 de julho, como parte da seleção — era necessário anexar sequências de cinco a sete minutos na posição horizontal. Segundo o site da Secretaria de Educação, a intenção era avaliar a dinâmica e as habilidades do professor na condução de aulas.

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Em relatos aos quais o R7 teve acesso, candidatos experientes afirmam que foram desclassificados nessa etapa sem nenhum tipo de justificativa. Outros ainda apontaram erro na plataforma da Vunesp (responsável pela seleção), que exibia uma tela preta no lugar da página em que o vídeo foi anexado. Ainda há aqueles que nem sequer têm conhecimento da nota que receberam.

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No edital, publicado no site da fundação, consta que a prova prática valeria quatro notas e que seria eliminado o candidato que fugisse ao tema, não se expressasse de forma clara, não se identificasse durante a gravação, apresentasse baixa qualidade de imagem e áudio ou não respeitasse o tempo determinado.

Professora de educação especial de uma escola da rede municipal em Taubaté, Cristiane Eugenia de Oliveira, de 43 anos, foi uma das desclassificadas da etapa de videoaula. Ela afirma que enviou o vídeo dentro do prazo e seguiu todas as solicitações. Conta ainda que tirou 20 pontos na prova objetiva, que valia 30, e 7 pontos, de 10, na prova discursiva.

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"Pode ter sido erro humano, ou sistêmico, mas gostaria que a banca reavaliasse esses casos", afirma Cristiane.

Outro candidato, que preferiu não se identificar, conta que recebeu zero nas quatro notas da prova prática. "Tenho 17 anos em sala de aula. Considero extremamente injusto esse resultado."

Ainda segundo o edital da Vunesp, esses participantes têm até as 23h59 desta sexta-feira (27) para entrar com um recurso no site da fundação. As etapas objetiva e discursiva da prova também podem ser contestadas.

Procurada, a Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que a responsabilidade pelo processo é da Vunesp. "Os procedimentos para gravação da videoaula foram divulgados no edital de abertura de inscrições, disponível no site, na área do candidato, inclusive, destacando os itens que poderiam levar o vídeo a receber nota zero."

A fundação, por sua vez, declarou que não identificou nenhum problema na plataforma e que os mais de 183 mil arquivos recebidos foram "avaliados por uma equipe capacitada e treinada para a correção".

*Sob a supervisão de Vivian Masutti

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