Educação Conselho define hoje calendário escolar durante pandemia

Conselho define hoje calendário escolar durante pandemia

Conselho Nacional de Educação deve votar texto com as orientações para as escolas. Também serão apresentadas sugestões para ensino superior

  • Educação | Karla Dunder, do R7 com Agência Brasil

Atividades online podem ser reconhecidas no Conselho Nacional de Educação

Atividades online podem ser reconhecidas no Conselho Nacional de Educação

Pixabay

O Conselho Nacional de Educação, ligado ao MEC (Ministério da Educaçã) define nesta terça-feira (28) o texto com as orientações para as escolas de todo o país durante esse período de pandemia por causa do coronavírus. Também serão apresentadas sugestões para o ensino superior. A votação será realizada em plenário virtual. 

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A proposta do Conselho é apresentar um texto com orientações e sugestões para as escolas sobre as aulas durante esse período. O ponto que mais preocupa pais, estudantes e autoridades de Estados e Municípios está relacionada ao calendário escolar 2020. Uma dúvida é se as aulas e as atividades a distância contarão como horas letivas ou terão de ser integralmente repostas quando as aulas presenciais forem retomadas.

CALENDÁRIO

Em um texto preliminar do parecer, o CNE lista uma série de atividades não presenciais que podem ser consideradas pelas redes de ensino durante a pandemia.

O Conselho também recomenda que as atividades sejam ofertadas, desde a educação infantil, para que as famílias e os estudantes não percam o contato com a escola e não tenham retrocessos na aprendizagem.

De acordo com o parecer, a partir do ensino fundamental é possível que as atividades remotas sejam consideradas no calendário. A decisão final, no entanto, cabe a cada rede de ensino, que deverá definir a melhor forma de cumprir as 800 horas obrigatórias do ano letivo escolar.

Já as crianças pequenas que estão no ensino infantil — creches e pré-escola — devem ter as aulas repostas presencialmente.

O documento reforça a necessidade de considerar a realidade de cada localidade e o acesso às diversas tecnologias de ensino. Além de “considerar propostas inclusivas e que não reforcem ou aumentem a desigualdade de oportunidades educacionais", reforça o CNE.

As atividades podem ser oferecidas a todos os estudantes por meio de videoaulas, de conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem, pelas redes sociais, entre outros.

Essas atividades podem, ainda, ser oferecidas por meio de programas de televisão ou rádio; pela adoção de materiais didáticos impressos e distribuídos aos alunos e seus pais ou responsáveis; e pela orientação de leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados nos materiais didáticos.

O Conselho também orienta que as crianças passem por uma avaliação para saber o que aprenderam assim que as aulas presenciais forem retomadas. Assim como oferecer aulas de recuperação aos estudantes.

MUDANÇA NO ENEM e NO SAEB

O CNE recomenda ainda que o MEC e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) acompanhem as ações de reorganização dos calendários de cada sistema de ensino antes de estabelecer os novos cronogramas de avaliações de alcance nacional, como o Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

“Recomenda-se, em especial, que o MEC e o Inep aguardem o retorno das aulas para definir o cronograma e as especificidades do Enem 2020 de modo a evitar qualquer prejuízo aos estudantes nos processos seletivos às instituições de ensino superior”, diz o texto.

A aplicação da prova impressa do Enem foi mantida nos dias 1º e 8 de novembro, segundo o Inep, para dar segurança aos estudantes de que a prova ocorrerá esse ano. Já o Enem digital, inicialmente mantido, foi adiado para os dias 22 e 29 de novembro.

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