‘Fracasso no Enem não pode ser determinante do que vai acontecer no resto da sua vida’, aconselha professor

Cerca de 70% dos inscritos fizeram ambas as etapas de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2025. Ou seja, mais de 4,8 milhões estudantes. Considerando somente a abstenção no primeiro dia do exame, 27% dos alunos estavam ausentes.

Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (17), Daniel Reis, coordenador pedagógico de curso preparatório para o Enem, diz que as novidades do pré-Enem impulsionam o aumento do número de inscritos deste ano. Segundo ele, a possibilidade de usar a prova como comprovante de conclusão do ensino médio fez com que mais estudantes se interessassem pelo exame.

Ainda sobre mudanças nesta edição, o coordenador destaca que, na prova de linguagens, um único texto foi utilizado para a resolução de cinco questões. “Isso quebra um paradigma do Enem, e segundo o próprio Ministério da Educação, isso vem para dar agilidade à prova que, historicamente, é criticada por ter um volume de leitura muito grande, e isso demanda muito tempo de interpretação desses textos pelos alunos”, explica.

Para Reis, é natural que os estudantes precisem fazer a prova mais de uma vez para obterem a vaga que desejam. “Então, o conselho que dou é, pegue a experiência que você obteve e utilize isso para te fortalecer. Procure os erros que você cometeu para que você não os cometa novamente”, afirma.

“Um fracasso no Enem não pode ser determinante daquilo que vai acontecer no resto da sua vida. Muitos, aliás, a maioria dos estudantes, não conseguem uma vaga, porque nós temos 260 mil vagas para 3,5 milhões de estudantes [foram 4,8 milhões, segundo o Inep] que fizeram as provas nesse ano, então é um funil", diz.

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