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Educação

Lado bom da aula online: jovens estão se preparando para o mercado

Estudantes aprendem a ter disciplina, responsabilidade, resiliência para estudar de maneira dinâmica em casa, habilidades exigidas no trabalho

Educação|Karla Dunder, do R7

Estudantes estão mais preparados para o mercado de trabalho
Estudantes estão mais preparados para o mercado de trabalho

Estudantes que vivem esse momento de pandemia estão mais preparados para o mercado de trabalho do futuro. Esses jovens estão aprendendo a ter resiliência, sabem trabalhar de qualquer lugar e dominam a tecnologia nas aulas online.

Em um artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial, Guille Miranda, chefe de responsabilidade social corporativa e vice-presidente da IBM, destacou "os benefícios inesperados da educação virtual" imposta pela pandemia de coronavírus.

No texto, Miranda argumenta que os estudantes que vivem essa experiência imposta pela pandemia de covid-19, a de ter de fazer as aulas remotas em casa, terão uma vantagem no mercado de trabalho no futuro. 

"Não há nada ideal em alunos e professores lidarem inesperadamente com o aprendizado a distância, como milhões têm feito durante a pandemia", destaca, mas friza o lado positivo dessa situação: 


"Dito isso, pode haver uma fresta de esperança para salas de aula virtuais e ensino a distância, que muitas universidades e escolas neste ano letivo estão assumindo, em vários graus, devido ao coronavírus", escreveu. "A colaboração online pode preparar os alunos do ensino médio com o tipo de perspicácia organizacional, inteligência emocional e autodisciplina necessárias para carreiras modernas, especialmente aquelas que permitem a tendência crescente de trabalhar remotamente."

Colaboração online prepara alunos para o mercado de trabalho futuro

No Brasil, escolas já trabalham para preparar os alunos de maneira mais integral de olho nas habilidades do século 21 como determina a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Na escola Santi, por exemplo, os alunos já começam a trabalhar por projetos.


Alunos aprendem competências para o século 21
Alunos aprendem competências para o século 21

"Abrimos, mesmo na pandemia, espaço para o protagonismo dos alunos, com os projetos, os alunos tomam decisões e cada grupo apresenta um resultado diferente no final, a partir de uma mesma proposta", explica Dami Cunha diretora pedagógica da Santi.

Todos os anos, os estudantes visitam a Vila Maria Zélia, para entender melhor a história das vilas operárias em São Paulo. Com a pandemia, seria inviável. "Os alunos sugeriram manter o roteiro fazendo a visita de carro junto com as famílias", conta. O problema foi apresentado e os estudantes trouxeram uma solução.


"Neste momento de pandemia, tratamos de resiliência e empatia na prática", diz. "Os alunos precisam ter muita resiliência para acordar, sair da cama e seguir a rotina de aulas em casa e muita empatia com o professor para abrir a câmera e participar das aulas, por exemplo." Pontos que são trabalhados em diáligo com as famílias também.

"Dormimos no analógico e acordamos no digital"

Mariana Breim, diretora de desenvolvimento integral do Instituto Península, destaca que a pandemia "trouxe uma oportunidade de repensar a Educação, deu abertura a novas formas de aprender e ensinar."

"Dormimos no analógico e acordamos no digital, houve uma necessidade de adaptação a coisas novas, resiliência, necessidade aprender a organizar a rotina e todos foram convidados a transformar a forma de entender a aprendizagem", diz Mariana.

A diretora do Instituto Península também avalia que as escolas devem se preparar para acolher alunos e professores. "Os professores também precisam de acolhimento e de apoio neste momento de mudanças" e conclui: "Apesar de todas as dificuldades, percebemos que os professores têm sido mais valorizados neste momento."

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