Resumindo a Notícia
- A consulta pública para a avaliação da política nacional de ensino médio foi ampliada.
- A decisão foi tomada levando em consideração o pedido de instituições nacionais.
- Especialista diz que demora prolongada pode enfraquecer senso de urgência da questão.
- Mudança pode mexer com arquitetura curricular para propor ensino mais diversificado.
Ministério da Educação quer ampliar o debate sobre o novo ensino médio
FliparUm tema que gera divergências e polêmicas vai ganhar mais tempo para debate no país. O Ministério da Educação (MEC) informou que vai ampliar, por mais 30 dias, a consulta pública para a avaliação e a reestruturação da política nacional de ensino médio.
Segundo o MEC, o prazo foi ampliado levando em conta solicitação de instituições como o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).
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Em carta conjunta, as entidades solicitaram ao ministro da Educação, Camilo Santana, a prorrogação da consulta, para que sejam garantidas "as condições necessárias para a aplicação de todos os instrumentos de escuta e a mais ampla participação social”.
Em nota, o ministério diz que o pedido de prorrogação atende ao interesse público e é “condizente com o propósito de ampliar o alcance da consulta pública em curso, atendendo a uma legítima aspiração de dar oportunidade de participação a todos os que ainda queiram contribuir com o debate público suscitado”.
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O diretor-executivo da organização não governamental Todos pela Educação, Olavo Nogueira, disse que a justificativa é adequada, desde que sejam mesmo poucos dias de prorrogação.
“É importante que este movimento não enfraqueça o senso de urgência em relação à necessidade de avanço da matéria”, afirmou Nogueira.
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Para ele, a espera por decisões sobre o ensino médio cria incertezas na vida dos estudantes brasileiros.
“Algumas questões geram repercussões no curtíssimo prazo, como é o caso do Exame Nacional do Ensino Médio de 2024. Um atraso pode gerar fragilização da importância de se avançar rápido.”
Segundo Nogueira, essa é uma decisão que precisa ser apresentada o mais depressa possível, para garantir tranquilidade e segurança aos profissionais de educação e estudantes.
Inclusive porque o ano letivo de 2024, conforme explica, envolve planejamentos e muita organização. “São movimentos que não são feitos da noite para o dia.”
O diretor da ONG Todos pela Educação afirma que alguns princípios da reforma são positivos.
Ele cita, entre eles, o aumento da carga horária, a mudança na arquitetura curricular com uma grade mais diversificada e a busca por maior integração da educação profissional com o ensino médio regular.
“Esses seriam movimentos que nos aproximam daquilo que os países com sistemas educacionais mais sólidos já fazem”, enfatizou.
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