USP avalia formas de inclusão e diversidade para pós-graduação
Pró-reitoria cria grupo de trabalho para avaliar propostas políticas de inclusão e permanência dos alunos na instituição
Educação|Do R7
A PRPG (Pró-Reitoria de Pós-Graduação) da USP (Universidade de São Paulo) criou um grupo de trabalho com o objetivo de incluir e desenvolver propostas afirmativas para ampliar e facilitar a entrada de alunos nos cursos de pós da instituição.
Além de analisar as questões raciais, como a diversidade ampliada e desenvolvida para novos temas, o grupo estudará iniciativas já formadas na universidade.
A principal ideia é criar regras mais abrangentes de inclusão, para que os programas tenham autonomia na determinação de critérios apropriados para cada curso.
Programas de pós-graduação como os da FD (Faculdade de Direito), da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana), da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), da FE (Faculdade de Educação) e da FM (Faculdade de Medicina) já tinham adotado cotas mesmo antes da criação da política geral.
Uma pesquisa realizada PRPG em 2020 constatou que 15 programas de pós-graduação adotavam algum tipo de ação afirmativa no processo de seleção. Reservas de vagas ou adicionais para PPI refugiados, deficientes ou transgênero, isenção de taxa de inscrição no processo seletivo e extensão de prazo de provas para candidatas lactantes.
A ECA (Escola de Comunicações e Artes), em seu processo seletivo iniciado em agosto, também adotou a reserva de vagas em três de seus programas de pós-graduação. O de artes cênicas terá 50% das vagas reservadas a ações afirmativas.
Os programas de artes visuais e de ciências da comunicação terão cotas de 30% e 35%, respectivamente, para candidatos PPI. A Pró-Reitoria também adotará iniciativas que incluem editais com informações sobre a distribuição de bolsas.
Permanência
Outra questão que deve ser abordada pelo grupo de trabalho é a permanência estudantil. Com um investimento estimado em R$ 16 milhões por ano em bolsas, a Pró-Reitoria investe no PAE (Programa de Aperfeiçoamento de Ensino) e no Programa Mães Pesquisadoras.
Os pós-graduandos também contam com 378 vagas no Crusp (Conjunto Residencial da USP). Como as iniciativas não suprem toda a demanda, está sendo desenvolvido e deve ser lançado no fim do ano um programa específico para que estudantes da pós-graduação sigam o curso.
Algumas iniciativas já foram adotadas, como a criação de cursos de nivelamento em disciplinas básicas e de introdução, o treinamento para o exame de qualificação, a priorização de bolsas para mulheres, transgêneros e deficientes, o programa de acompanhamento de alunos economicamente vulneráveis, a diferenciação no sistema de pontuação para concessão de bolsas, conforme critérios étnicos e econômicos, grupo de apoio psicopedagógico e tradutores de Libras.