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Já faz mais de um ano! Relembre a trajetória dos candidatos antes do 1° turno das Eleições 2014

Postulantes ao Palácio do Planalto começaram a se articular muito antes do prazo para fazer campanha

Eleições 2014|Do R7

05/10/2014 - 00h15 (Atualizado em 12/08/2025 - 13h22)

Capa - Já faz mais de um ano! Relembre a trajetória dos candidatos antes do 1° turno das Eleições 2014

Dilma iniciou cedo sua pré-campanha. Para isso, foi organizada no início de 2013 uma série de seminários para celebrar os dez anos do PT à frente do governo federal. Os eventos fizeram um balanço dos impactos sociais e econômicos das administrações do partido. O ex-presidente Lula esteve sempre ao lado de Dilma, buscando afastar os rumores de que tentaria voltar ao Palácio do Planalto

De acordo com o decreto do governo, a grana para o pagamento do benefício virá do “orçamento vigente dos órgãos e entidades, observadas as limitações de movimentação, empenho e pagamento, na forma da legislação orçamentária e financeira”

Os boatos de "volta, Lula", puxados por parte do PT insatisfeita com o governo de Dilma, só foram afastados de vez em julho deste ano, com a homologação da candidatura da presidente à reeleição

Do lado do PSDB, Aécio Neves buscava consolidar seu nome dentro do partido, para não sofrer com a divisão tucana que prejudicou as campanhas de 2006 e 2010. Para isso, angariou o apoio de todos os diretórios estaduais e se elegeu presidente da sigla. A partir daquele instante, tornou-se o nome natural do PSDB na corrida pelo Palácio do Planalto

Um outro espaço muito utilizado por Aécio durante a pré-campanha para se colocar como principal nome da oposição foi a tribuna do Senado. De lá, o tucano fez todo tipo de críticas a Dilma Rousseff e assumiu o protagonismo em embates diretos com o governo, como na investigação da compra da refinaria de Pasadena e depois na CPI da Petrobras

Enquanto isso, o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, começava a trilhar o terreno da candidatura própria. Aliado do PT por mais de 20 anos, desembarcou da gestão Dilma Rousseff em setembro de 2013 e tratou de solidificar seu nome. Dali por diante, passou a cumprir agendas típicas de campanha, passando muito tempo afastado do governo, que deixou oficialmente em abril de 2014

Terceira colocada em 2010, quando obteve cerca de 20 milhões de votos, a ex-senadora Marina Silva deixou o PV e decidiu fundar seu próprio partido para disputar as eleições. Nascia assim, em fevereiro de 2013, a Rede Sustentabilidade

Apesar do anúncio de criação da sigla, legalmente ela não existia. Era necessário coletar 500 mil assinaturas validadas pela Justiça Eleitoral, o que representaria 0,5% do eleitorado brasileiro, até outubro de 2013. Para cumprir a difícil tarefa em tão pouco tempo, marineiros saíram por todo o Brasil em busca de apoio. Até mesmo Marina foi às ruas para tirar a Rede do papel

Marina teve o pedido de registro de seu partido rejeitado pela Justiça e correu o risco de ficar fora da disputa se não se filiasse a outra legenda em 24 horas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou o registro da Rede Sustentabilidade por 6 votos a 1, após concluir que seus organizadores não alcançaram o respaldo popular exigido pela legislação, de pelo menos 492 mil eleitores — faltaram quase 50 mil assinaturas

Num movimento que surpreendeu a todos, a ex-senadora decidiu se filiar ao PSB e se unir
ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para a disputa
presidencial.

Aliados de ambos diziam que ela admitia a possibilidade de ser vice de
uma chapa liderada por Campos em 2014, mas ficava em aberto
seu futuro político.

Questionada se estava desistindo de se candidatar à Presidência da
República agora, Marina afirmou que sua presença ao lado de Campos
"dizia tudo" e evitou responder à pergunta diretamente

Eduardo Campos e Marina Silva anunciam candidatura ao Planalto

Durante o início da campanha, Aécio e Eduardo, amigos há muitos anos, adotaram uma estratégia de "dobradinha". Os dois se poupavam de ataques, centrando suas críticas todas no governo federal. Pelo que se falava nos bastidores da campanha, uma aliança no segundo turno contra Dilma, independente de quem passasse, já estava selado

Porém, tudo mudou com a tragédia de 13 de agosto. Naquele dia, o avião que levava Eduardo Campos do Rio de Janeiro para Santos caiu, matando o candidato e as outras sete pessoas que viajavam com ele. A consternação por conta do acidente foi tão grande que os adversários suspenderam a campanha por três dias

A morte de Campos provocou verdadeira reviravolta no cenário eleitoral. Marina, que não vinha conseguindo transferir seu capital político para o ex-governador de Pernambuco, disparou nas pesquisas, saltando de 21% para 34% das intenções de voto

Confirmada como candidata pelo PSB no dia 20 de agosto, a ex-ministra do Meio Ambiente assumiu com o compromisso de manter o programa e as propostas de Campos. O impacto de sua entrada na disputa foi tão grande que as simulações de segundo turno indicavam que ela venceria a disputa contra Dilma Rousseff

À medida que a candidatura de Marina ganhava musculatura, os adversários buscavam estratégias para desgastar sua imagem. O PT adotou dois caminhos paralelos. O primeiro foi explorar ainda mais a presença do ex-presidente Lula na campanha. O número de comícios e carreatas com a presença dele aumentaram consideravelmente

Além disso, os petistas passaram a bater forte nas propostas de Marina durante o horário eleitoral e nas declarações de Dilma. Peças publicitárias diziam que a proposta de Marina de independência do Banco Central acabaria com o poder de compra dos brasileiros, causando fome. Outra acusação feita foi a respeito do programa Minha Casa, Minha vida, que perderia subsídios dos bancos públicos

Marina, que sempre foi muito próxima de Lula, sentiu o baque. Numa entrevista à Folha de S. Paulo, ela chegou a chorar lembrando-se de seu passado no PT e disse que sempre amará o presidente Lula. A resposta veio com outra bofetada do ex-presidente: "Eu também amo a Marina. Mas eleição não é uma questão de amor. Se fosse, teria escolhido a dona Marisa para ser minha sucessora"

Aécio Neves e comitiva do PSDB participam do Festival do Japão, em São Paulo

Para retomar o crescimento e reviver sua candidatura, Aécio resolveu explorar as contradições de Marina, lembrando de seu passado no PT e das revisões feitas no programa de governo do PSB por conta de pressões externas. Aécio chegou a associá-la ao mensalão, acusando-a de permanecer no PT e no governo durante o escândalo

A estratégia deu certo e, nas últimas semanas, o tucano voltou a subir nas pesquisas. Nos últimos levantamentos, ele já estava em empate técnico com Marina, distanciados somente pela margem de erro

Marina sentiu o baque, e resolveu contra-atacar. Acusou Dilma de mentirosa ao dizer que não sabia dos esquemas de corrupção na Petrobras, além de associar Aécio a escândalos pregressos do PSDB, como a compra de votos no governo Fernando Henrique Cardoso e o mensalão mineiro

Além da principal disputa pelo poder, a campanha eleitoral de 2014 significou um novo elemento de relevância para os chamados candidatos nanicos. Com ajuda das redes sociais, eles usaram os debates televisivos para ganhar alguma notoriedade

Luciana Genro, candidata do PSOL, se destacou pela forma incisiva com que defendia suas propostas e questionava os rivais. Colocou-se contra
o grande capital, os bancos, as privatizações, e as alianças políticas feitas por
PT e PSDB. Com isso, ganhou a simpatia dos
que se sentem desiludidos com a política. No debate da Globo, criticou a cobertura que a emissora fez das eleições e retaliou Aécio quando o tucano lhe apontava o dedo: "Você não aponte o dedo para
mim!"

Já o médico Eduardo Jorge, candidato do PV, fez sua fama pela nanico
simpatia. Com jeitão desligado e propostas sobre legalização das drogas e do aborto, tornou-se um fenômeno da internet. Assim que ele começa a falar nos debates, uma enxurrada de memes começa a surgir, com frases suas ou inventadas. "Se auditar a nossa dívida,
colocar ela numa ressonância, ela vai ficar magrinha que nem você",
disse a Marina Silva em um debate

Por fim, houve Levy Fidelix e sua desastrosa participação no debate da Record, que lhe garantiu detratores e apoiadores na mesma medida. No programa, perguntado sobre propostas em relação aos
diretos dos homossexuais, o candidato do PRTB virou uma metralhadora de
declarações homofóbicas. Entre outras pérolas, conclamou seus
simpatizantes a “combater essa gente” e afirmou que “aparelho excretor
não reproduz”

A campanha eleitoral começou oficialmente no dia 5 de julho, mas os candidatos à Presidência da República começaram a se movimentar pelo País muito antes disso. Afinal, eles tinham que costurar apoios políticos, encontrar correligionários e já iniciar ...

A campanha eleitoral começou oficialmente no dia 5 de julho, mas os candidatos à Presidência da República começaram a se movimentar pelo País muito antes disso. Afinal, eles tinham que costurar apoios políticos, encontrar correligionários e já iniciar o corpo a corpo com eleitores para conquistar os votos para outubro. Nas próximas fotos, você verá um "resumão" do que os candidatos fizeram desde o início de 2013 até este domingo (5), data do primeiro turno das Eleições 2014

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