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Eleições 2014

Seções especiais para deficientes físicos funcionam normalmente em Brasília

Mais de 110 seções foram preparadas para receber eleitores com necessidades especiais

Eleições 2014|Do R7, com Agência Brasil

Alexandre Lins foi um dos que requereu na Justiça Eleitoral a votação em uma sala adaptada
Alexandre Lins foi um dos que requereu na Justiça Eleitoral a votação em uma sala adaptada

No Distrito Federal, mais de 110 seções foram preparadas para receber eleitores com necessidades especiais. Em todo o país, o número de seções adaptadas passa de 32,2 mil, quase três vezes mais do que nas eleições de 2010 (17,9 mil seções). 

Em Brasília, seções especiais funcionam sem problemas. Alexandre Lins, 28 anos, contou não teve qualquer problema para chegar até a seção eleitoral neste domingo (5). Cadeirante há dez anos, desde que foi atropelado no trânsito, o estudante foi um dos brasileiros que requereu, na Justiça Eleitoral a votação em uma sala adaptada. 

— Sempre votei aqui e não tenho qualquer problema, disse ao chegar à escola no Núcleo Bandeirante, a quase 15 quilômetros do centro de Brasília. 

Aos 62 anos, Maria Amélia de Fátima também faz questão de cumprir o dever do voto e conta com o filho para ajudá-la, a cada eleição, a empurrar a cadeira até a urna. Ela que mora em um lar de idosos em Brasília, conseguiu o transporte da instituição até o prédio onde fica sua seção eleitoral.


— Assim ficou muito fácil e o atendimento lá dentro foi perfeito. Votei no segundo andar da escola, mas tem até elevador.

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Nas ruas próximas às zonas eleitorais na cidade formava-se um tapete de santinhos de diversos partidos. Eleitores que não tinham qualquer problema para se locomover escorregavam diversas vezes em cima dos papéis. 


— Não tem corrimão para a gente se apoiar na subida da rampa. Se não estivesse com a minha irmã, não teria como passar, explicou a funcionária pública Maria de Fátima que usa muletas para andar.

Quem também contou com a ajuda da família foi a estudante de 20 anos Natália Maiara. Ela perdeu as duas pernas quando foi atropelada aos 16 anos. “Estou votando pela primeira vez e tudo correu muito bem. Entrei na sala com facilidade e minha irmã pôde ir até a urna comigo. Isso ajudou”, disse ao lado de Raíssa Azevedo, 18 anos.

Até o dia 7 de maio, prazo definido como limite pela Justiça Eleitoral, quase 149 mil eleitores com algum tipo de deficiência fizeram pedido de atendimento especial para votar neste domingo. O cadastro da Justiça Eleitoral reúne o registro de 430 mil eleitores com deficiência em todo o país.

As regras criadas para facilitar a votação de pessoas com alguma deficiência passsaram a valer em 2002. Pela resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os locais de votação para os deficientes precisam ter fácil acesso, como rampas, corrimão e localização no andar térreo, estacionamento próximo e instalações que atendam às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Há quatro anos foram incluídas outras normas, como a possibilidade de o eleitor ser acompanhado por uma pessoa de sua confiança para votar, mesmo sem ter pedido antecipadamente ao juiz eleitoral. Além de poder entrar na cabine, a pessoa que prestar o auxílio pode digitar os números na urna.

Para atender a casos de deficientes visuais, ainda é preciso ter sistema de áudio, teclado em braile e a marca de identificação da tecla cinco na urna eletrônica. Os tribunais regionais eleitorais (TREs) ainda recebem uma recomendação para que tentem fechar parcerias para cadastrar mesários e colaboradores que conheçam Libras.

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