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Eleições 2020

Confira os planos de governo dos candidatos à Prefeitura de SP

Propostas para os problemas da cidade como saúde, educação e mobilidade estão detalhadas nos projetos apresentados pelos 14 concorrentes

Eleições 2020|Do R7

Candidatos elaboraram o plano de governo para a Prefeitura de São Paulo
Candidatos elaboraram o plano de governo para a Prefeitura de São Paulo

Os 14 candidatos que concorrem à Prefeitura de São Paulo enviaram à Justiça Eleitoral os planos de governo para a gestão da cidade no quadriênio 2021/2024. Neles estão descritas as ações que pretendem executar ao longo dos quatro anos de mandato, se forem eleitos.

Os documentos estão disponíveis para consulta pública no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas o R7 reuniu as principais propostas de cada um dos candidatos para os problemas recorrentes na capital paulista, como saúde, educação, mobilidade, habitação, zeladoria, segurança, entre outros. 

Os políticos que disputam as Eleições Municipais 2020 levantam bandeiras como: revitalização do centro e de áreas tradicionais da cidade, incentivo à geração de emprego e renda nos bairros da periferia, descentralização do poder, mudanças no sistema de transportes, alterações no currículo escolar, além de desburocratização e desestatização.

Há ainda um novo desafio posto: superar a crise deixada em diferentes setores pela pandemia do novo coronavírus.


Planos de governo

Andrea Matarazzo (PSD)

O candidato do PSD, Andrea Matarazzo, tem como prioridade do plano de governo a criação e a manutenção do emprego e da renda dos paulistanos. E para alcançar esses objetivos, o ex-secretário de subprefeituras pretende tomar medidas de curto e médio prazos.


Conheça o plano de governo completo do candidato Andrea Matarazzo (PSD)

Entre as providências imediatas, estão o refinanciamento de impostos municipais, como o IPTU, além da suspensão de taxas por tempo determinado, caso da TFE (Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos).


Andrea Matarazzo diz que quer regularizar também o pequeno comércio nas áreas irregulares da periferia, dispensando as licenças de funcionamento, além de e abrir frentes de trabalho emergenciais em obras, manutenção de parques, praças e limpeza de avenidas.

Mais adiante, o candidato promete adotar medidas como a legalização fundiária para a instalação de comércio, serviços e indústria nos bairros mais periféricos. A ação provocaria a descentralização do emprego e da atividade econômica na cidade.

Antônio Carlos Silva (PCO)

Com críticas ao sistema de votação vigente no Brasil, ao qual se refere como “um regime profundamente antidemocrático”, o programa de governo de Antônio Carlos Silva tem como lema central a defesa da revolução, do socialismo e de um governo operário.

Conheça o plano de governo completo do candidato Antonio Carlos Silva (PCO)

O PCO, como sugere o texto do plano de governo, não admite candidaturas individuais – “todos os candidatos são candidatos do Partido e submetidos ao programa, à tática e à disciplina partidária nas eleições”.

Como plano nas eleições e fora delas, o partido defende a redução da jornada de trabalho, o fim das escolas militares, a dissolução da Polícia Militar, medidas de governo aos trabalhadores do campo e da cidade, e o fim do ensino pago, entre outras medidas.

Com propostas mais estruturais em relação ao país que específicas à cidade, o plano ressalta que o PCO decidiu intervir no processo eleitoral de 2020 para “fortalecer a campanha contra o golpe [de Estado, segundo o partido] e defender um programa revolucionário e socialista em oposição a todos os demais partidos e seus programas burgueses e de defesa do capitalismo, lançando candidatos que sejam a expressão da luta do povo”.

Arthur do Val Mamãe Falei (Patriota)

O candidato do Patriota, Arthur do Val Mamãe Falei, carrega como bandeira da sua campanha a revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Para o político, o próximo prefeito terá uma oportunidade história de readequar o programa — criado em 2014 e com revisão marcada para 2021 — às novas demandas da metrópole.

Conheça o plano de governo completo do candidato Arthur do Val Mamãe Falei (Patriota)

Arthur do Val considera que o texto em vigor traz um erro histórico que restringe a capacidade construtiva dos terrenos e empura a demanda habitacional da cidade para a periferia. O político entende que São Paulo perdeu população nas regiões centrais e pretende lutar por um pnao mais liberal, menos restritivo e com a flexibilização das leis de zoneameto para uso de imóveis.

O plano de governo do candidato do Patriota apresenta propostas quem privilegiam a iniciativa privada, e propõem o enxugamento da máquina pública, a desburocratização, desestatização, redução de impostos e a criação de empregos.

Bruno Covas (PSDB)

Candidato à reeleição pelo PSDB, o objetivo das diretrizes do plano de governo de Bruno Covas é "levar a cidade de São Paulo a um novo patamar de desenvolvimento social, econômico e urbano". O candidato promete fazer o ‘São Paulo Nosso Lar’, o maior programa habitacional e de urbanização da história. A promessa é otimizar alguns projetos já em andamento e transformar a metrópole numa cidade global e sustentável.

Conheça o plano de governo completo do candidato Bruno Covas PSDB

Na saúde, pretende ampliar da oferta de serviços públicos em nefrologia, saúde mental, combate a comorbidades, atenção especial às mulheres, à primeira infância e à prevenção e tratamento de usuários de drogas. Aposta também em tecnologia para inovar a administração municipal e quer diminuir o peso do Estado, com privatizações e concessões.

Uma das bandeiras será a redução das desigualdades: "Radicalizar políticas públicas que promovam maior justiça social, igualdade, inclusão, mais oportunidades de geração de trabalho, emprego e renda".

A ideia é ainda viabilizar investimentos em infraestrutura para a retomada econômica e estimular o uso do transporte público com a ampliação de modais.

Celso Russomanno (Republicanos)

As propostas de governo do candidato Celso Russomanno, do Republicanos, foram divididas em 11 áreas. Um dos destaques é a criação de políticas públicas que ampliem as oportunidades de acesso às populações mais vulneráveis para superação da pobreza. Ele pretende readequar as casas de acolhida, qualificar os Conselhos Tutelares e construir um prontuário eletrônico integrado entre os serviços públicos.

Conheça o plano de governo completo do candidato Celso Russomanno (Republicanos)

Defende a descentralização da estrutura produtiva de São Paulo e prioriza a política municipal de turismo. Será também criado o Centro de Empreendedorismo. Quanto à mobilidade, quer ampliar as faixas exclusivas de ônibus e conceder à iniciativa privada os terminais de ônibus.

O projeto é transformar a cidade num centro de produção de audiovisual em parceria com grandes produtoras, mirando Hollywood. Pretende ainda ampliar a cobertura de wi-fi gratuito.

Para monitorar contratos e vagas em creches, ele pretende criar uma agência reguladora para convênios com CEIs (Centros de Educação Infantil) e ainda implantar Centros Esportivos Olímpicos Regionais.

A ampliação de PPPs (Parcerias Público-Privada) é, para ele, a solução para garantir a produção de unidades habitacionais para famílias com renda de até três salários mínimos. Na segurança, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) terá mais atribuições e para isso serão contratados servidores.

Filipe Sabará (Novo)

O candidado do Novo, Filipe Sabará, propõe uma gestão com menos impostos e mais eficiente, marcada pela prestação de serviços de qualidade para a população de São paulo em áreas como: promoção de renda, saúde, educação, segurança, transporte e cuidados com a cidade.

Conheça o plano de governo completo do candidato Filipe Sabará (Novo)

Para tanto, o político pretende focar a sua administração focada em resultados, sob o comando de times e parcerias qualificados, escolhidos por critérios técnicos, não por indicações políticas, avaliados pela qualidade do serviço prestado.

Filipe Sabará afirma que pretente investir em um governo digitalizado, transparente e próximo do cidadão. A prioridade será uma postura ativa para a retomada econômica e a promoção de emprego e renda.

Guilherme Boulos (PSOL)

Com o mote “Hora de virar o jogo em São Paulo” e dividido em 24 temas, o plano de governo de Guilherme Boulos visa maior atenção às populações marginalizadas e de periferia, destacando a experiência da candidata a vice, Luiza Erundina, como gestora da cidade há 30 anos.

Conheça o plano de governo completo do candidato Guilherme Boulos (Psol)

Avaliando falhas na gestão da pandemia de covid-19 nos bairros mais pobres da capital, o programa propõe o chamado “Plano Vida e Renda São Paulo”, no combate às consequências do coronavírus, desenhado para ser executado nos primeiros 180 dias de gestão e com foco em três áreas: “Saúde Pública”, “Trabalho e renda” e “Moradia e cidadania”.

Entre as principais propostas para trabalho e renda, destacam-se o Programa de Renda Solidária, ampliando o programa já existente e almejando garantir que todas as famílias tenham ao menos uma renda mínima, e a implementação de de frentes de trabalho com contratações de mão-de-obra direta em áreas específicas.

Em relação à moradia, as medidas de maior destaque são a retomada dos Mutirões da Erundina para moradia popular e a implementação de um programa de locação social para abrigar famílias em situação de rua em hotéis ou moradias nas regiões onde vivem.

Jilmar Tatto (PT)

Mais extenso entre os programas de governo dos 14 candidatos, com mais de 150 páginas, o plano do petista Jilmar Tatto aponta, inicialmente, quatro compromissos programáticos para sua gestão, caso eleito. São, nesta ordem, solidariedade e justiça social; desenvolvimento econômico; gestão participativa; e, por fim, incentivo ao conhecimento e à cultura.

Conheça o plano de governo completo do candidato Jilmar Tatto (PT)

No programa de slogan “SP da gente”, Tatto assegura ainda um plano de combate à pandemia de covid-19 com 13 metas, como renda básica cidadã; criação de comitê de crise intersecretarial; massificação dos testes para diagnóstico da doença e plano emergencial de serviços médicos e sanitários para todos, entre outras medidas.

No transporte, Tatto propõe a implementação gradual de tarifa gratuita nos ônibus da capital, e, na questão triburária, garante que a gestão municipal possui instrumentos para buscar uma maior contribuição de bancos e bilionários. “A classe média e os trabalhadores não podem seguir pagando mais impostos do que os ricos e ultra-ricos”, afirma o candidato em seu plano de governo.

Joice Hasselmann (PSL)

Sem apostar em metas, Joice Hasselmann (PSL) criou 17 diretrizes que deverão nortear seu plano de governo. "A São Paulo que queremos é aquela onde desigualdades históricas sejam enfrentadas, com planejamento e coragem de quem se indigna com o estado de coisas". A ideia é mostrar "como a cidade pode ser" a partir de uma construção conjunta com a sociedade.

Conheça o plano de governo completo da candidata Joice Hasselmann (PSL)

No documento, ela promete não reajustar o IPTU "pelo menos durante os dois primeiros anos de administração, colaborando assim para a recuperação da economia no pós pandemia". Com relação aos ônibus, diz que vai "implementar novo modelo de concessão que romperá com o oligopólio de empresas, sem negligenciar a oferta de boa qualidade para o cidadão".

Uma das medidas será a redução da fila por vagas em creches. Para adolescentes, quer criar o "Favela Tec", programa de estímulo aos coletivos de tecnologia em comunidades carentes para preparar jovens para o novo mercado de trabalho.

A candidata aposta numa economia criativa e inclusiva e em tecnologia para aprimorar serviços públicos. Quer estimular investimentos privados em moradias, por meio de PPPs e concessões, e priorizar recursos públicos em infraestrutura.

Na segurança, defende maior vigilância comunitária com envolvimento de moradores e comerciantes e, na saúde, afirma que vai ampliar a cobertura das equipes de saúde da família. Considera que hoje Secretarias, Subprefeituras, Autarquias e Fundações são "loteamentos partidários".

Levy Fidelix (PRTB)

Guiado pelo slogan “Vamos endireitar São Paulo”, o programa de Levy Fidelix oferece como primeira medida a criação do Pasp (Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano), uma “revolução da saúde pública da capital”, como propõe o candidato.

Conheça o plano de governo completo do candidato Levy Fidelix (PRTB)

Além do aerotrem, proposta que marcou suas campanhas presidenciais em 2014 e 2018, Fidelix propõe para a mobilidade urbana a priorização dos gargalos de engarrafamento das principais vias de acesso da cidade e a construção de novas linhas do monotrilho.

Para melhorias na educação, o candidato promete o retorno da merenda escolar feita na escola, a vigilância de GCMs nas instituições e a distribuição adequada de uniformes e material escolar aos alunos.

Márcio França (PSB)

A proposta central de Márcio França do PSB é "melhorar a qualidade dos serviços públicos e democratizar oportunidades, principalmente para os jovens". Para isso, propõe governar de forma desigual para corrigir distorções hoje existentes na cidade. Quer assegurar a transparência do dinheiro público e garantir a participação da população por meio de conselhos. Ele se compromete a não deixar o cargo até o fim do mandato.

Conheça o plano de governo completo do candidato Márcio França (PSB)

São descritas 40 propostas no "Plano Márcio de retomada", como abrir gratuitamente até 250 mil microempresas e emprestar até R$ 3 mil a juro zero, além de criar uma linha de crédito para pequenas empresas de até R$ 50 mil para auxiliar na geração de empregos. Planeja contratar jovens de 17 e 18 anos para trabalhar em áreas administrativas da prefeitura. Eles ganhariam também um curso técnico.

O candidato defende a contratação de pessoas, por 3 dias na semana e 6 horas ao dia, para trabalhos de limpeza, manutenção e jardinagem, com salário de R$ 600 reais ao mês "como compensação aos programas de auxilio e renda básica".

Na educação, pretende zerar a fila em creches e implantar a UDM (Universidade Digital Municipal de São Paulo) com aulas à distância. Já na saúde, quer fortalecer a rede de atenção, com ampliação de vagas com especialistas. Para melhorar a segurança, entende que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) deva "se tornar uma unidade de inteligência integrada à comunidade, atuando em espaços que as polícias não atuam". Para isso, terá de remanejar as equipes que trabalham em serviços burocráticos.

O projeto prevê ainda a criação de um Índice Social de Igualdade "como critério de qualificação e classificação em todas as contratações de produtos e serviços feitas pela prefeitura". E, nos transportes municipais, promete manter a tarifa atual, além de gratuidade aos domingos e feriados.

Marina Helou (Rede)

Com o tema "São Paulo sustentável: inclusiva, inovadora, saudável e acolhedora", Marina Helou, da Rede Sustentabilidade, quer atacar as desigualdades: "Seu crescimento foi ao longo do tempo excludente, orientado por um pensamento elitista, machista e racista. Como resultado, temos uma oferta de serviços públicos desigual na cidade".

Conheça o plano de governo completo da candidata Marina Helou (Rede)

Em 13 áreas, o plano de governo da candidata destaca ações para equidade de gênero, diversidade sexual, idosos, à população de rua, dependentes químicos, indígenas e pessoas com deficiência. 

A candidata entende que é preciso "descentralizar e dar transparência, com prioridade nos projetos voltados às áreas mais precárias e às populações mais vulneráveis". Entre eles estão: o fomento ao empreendedorismo nas periferias, universalização do acesso à internet, merenda de qualidade na rede pública e combate à evasão escolar no pós-pandemia.

No transporte, pretende dar prioridade ao pedestre, integrar os diferentes modais, incentivar o uso de bicicletas e substituir os ônibus que usam combustível fóssil.

Uma das promessas será garantir, a mulheres e pessoas não brancas, cargos de liderança em metade das Secretarias e das Coprefeituras (hoje Subprefeituras). Quer ainda implantar o Plano Municipal de Ações Afirmativas e Combate ao Racismo e aumentar a oferta de vagas em creches.

Orlando Silva (PCdoB)

O antirracismo se tornou uma das bandeiras de Orlando Silva, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PCdoB, em sua campanha eleitoral. O político reforça o elo com as periferias e reafirma o lema de trabalhar pela geração de emprego e renda em uma eventual gestão como prefeito.

Conheça o plano de governo do candidato Orlando Silva (PCdoB)

Em seu programa de governo, o político comunista, natural de Salvador e filho de uma família humilde, cita a defesa das liberdades democráticas, soberania, desenvolvimento nacional, direitos dos trabalhadores e a tolerância política como marcas da atuação da legenda.

O candidato prega a construção de uma "cidade democrática", uma concepção política que garanta os direitos estabelecidos na Constituição Federal, diversidade, pluralidade e que implemente um orçamento voltado para atender as necessidades dos mais vulneráveis.

Entre as propostas de Orlando Silva, estão a construção de corredores de ônibus, recursos dobrados para subprefeituras de áreas mais carentes da cidade, reformas das escolas e bolsas para estudantes, além da criação de empregos.

Vera Lúcia (PSTU)

Crítica às gestões municipal, estadual e federal durante a pandemia de covid-19, Vera Lúcia apresenta seu programa com o slogan “São Paulo precisa de uma alternativa socialista”.

Conheça o plano de governo completo da candidata Vera Lúcia (PSTU) 

No plano, a candidata do PSTU defende a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salários, obras públicas e ampliação de serviços públicos para “gerar empregos com carteira assinada”, além de reserva de 70% das vagas para mulheres e negros.

No programa, Vera prega o direito à moradia, alimentação, cultura e informação, o combate a diferentes formas de intolerância e defende que as aulas presenciais só retornem quando houver vacina contra a covid-19.

A candidata propõe, ainda, que “os ricos paguem pela crise econômica”, com o fim da isenção de impostos para grandes empresas, além da taxação de grandes fortunas e o aumento de impostos sobre bancos e grandes corporações.

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