Os profissionais classificados como pardos lideraram, pela terceira vez consecutiva, a geração de empregos
Getty Images/Montagem/R7A criação de empregos por raça/cor mostra que todos os trabalhadores classificados como brancos, pretos/negros e pardos, em 2013, elevaram o nível de emprego, com destaque para os pardos, que expandiram em 5,42%, indicando, contudo, um pequeno arrefecimento quando comparado como registrado em 2012 (5,88%), de acordo com dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Ministério do Trabalho.
Os profissionais classificados como pardos lideraram, pela terceira vez consecutiva, a geração de empregos, com incremento de 644,2 mil postos de trabalho. Esse desempenho contribuiu para a continuidade do processo de elevação da participação dos pardos em relação ao total de vínculos empregatícios, que em 2011 era de 29,85%, elevou-se em 2012 para 30,55% e atingiu 31,33% em2013.
A segunda maior taxa de crescimento foi verificada para os vínculos de pretos/negros, que aumentaram o contingente de empregos em 2,66%, ante 2,31% em 2012, representando um incremento de 52,4 mil postos de trabalho.
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Os trabalhadores classificados como brancos vêm perdendo seu dinamismo, em termos de crescimento de emprego, movimento já detectado nos anos anteriores. No ano em análise, registrou expansão de 0,25%, percentual bem abaixo da média 2,76%, o que teve como resultante a continuidade da trajetória declinante verificada desde 2007.
Em termos absolutos, registrou o incremento de 55,3 mil postos de trabalho. Observa-se, ao longo dos anos anteriores, redução na participação em comparação ao total de empregos celetista, passando de 58,25% em 2011 para 56,77% em 2012, atingindo 55,38% em 2013.
Salário
Os rendimentos dos vínculos empregatícios dos trabalhadores declarados como pretos/negros tiveram ganho real de4,55%, superior aos trabalhadores pardos e brancos, que apresentaram incremento de 3,86% e 3,76%, respectivamente.
Ainda assim, o salário médio dos trabalhadores amarelos (R$ 2.620,94) e brancos (R$ 2.263,26) é maior do que o dos trabalhadores indígenas (R$ 1.761,48), pardos (R$ 1.615,52) e pretos/negros (R$ 1.587,10). Os não identificados recebem, em média, R$ 1.731,35.
Os rendimentos médios dos trabalhadores classificados como pretos/negros representam 70,12%, em 2013, ante 69,58%, em 2012, daqueles auferidos pelos brancos, indicando continuidade da redução da disparidade entre os rendimentos recebidos pelos respectivos assalariados formais.