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Júlia Kudiess celebra destaque na seleção brasileira de vôlei após grave lesão: ‘Todo meu esforço foi recompensado’

Atleta retornou às quadras mundiais conquistando o recorde de bloqueios na VNL e figurou no time dos sonhos do torneio

Entrevista|Vicente Andrade*, do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Júlia Kudiess retorna ao vôlei após lesão e se destaca na VNL 2025 como melhor bloqueadora.
  • A atleta conquista duas medalhas na temporada: prata na Liga das Nações e bronze no Campeonato Mundial.
  • Mesmo com propostas de clubes internacionais, Júlia opta por continuar no Minas Tênis Clube, onde busca realizar seus sonhos.
  • Com um grupo renovado, a central se mostra confiante em conquistar mais títulos e tem grande ambição para a próxima temporada.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Atleta foi reconhecida como Melhor Central da VNL 2025 pela revista internacional Volleyball World Reprodução/Instagram (@juliakudiess)

Após sofrer uma lesão ligamentar no joelho direito durante o jogo contra a Sérvia na VNL 2024 (Liga das Nações de Voleibol Feminino), Júlia Kudiess retornou às quadras do voleibol mundial em grande estilo.

A mineira de 22 anos foi consagrada como a melhor bloqueadora da VNL 2025, com 63 pontos no fundamento — igualando o recorde de outra jogadora brasileira: Ana Carolina da Silva, apelidada de Carolana — e figurou no dream team (time dos sonhos, em tradução livre) do torneio, segundo a revista internacional Volleyball World. Dentro da lista, a jogadora esteve ao lado de referências da modalidade esportiva, como Paola Egonu, Gabi Guimarães e Monica De Gennaro.


Com o êxito, Júlia deixa a temporada de seleções com duas medalhas: a de prata da Liga das Nações e uma de bronze do Campeonato Mundial de Vôlei. O reconhecimento foi peça-chave na reconstrução da confiança de uma das grandes promessas do esporte brasileiro. “Sempre digo que saio da seleção como uma nova jogadora, porque eu cresço muito tecnicamente e fisicamente”, destaca a atleta em entrevista concedida ao R7.

Apesar da notoriedade internacional, a central retorna para o ciclo de clubes vestindo a camisa do Minas Tênis Clube e deixa claro que, embora tenha vontade de jogar em ligas fora do Brasil, ela ainda possui sonhos para conquistar com o uniforme azul e branco, símbolo da equipe de Belo Horizonte.


Júlia segurando o trófeu do Campeonato Mineiro de Voleibol Feminino
Júlia conquistou o trófeu do Campeonato Mineiro de Voleibol Feminino Reprodução/Instagram (@juliakudiess)

“Depois da temporada na seleção surgiram algumas oportunidades. Mas, nesse ciclo, eu visto a camisa do Minas com muito orgulho. Eu amo estar ali e tenho alguns sonhos ainda que quero realizar vestindo essa camisa”, pontua a atleta.

Com a saída da oposta Kisy e da levantadora Jenna Gray, o time passou por uma grande renovação entre as jogadoras titulares nos últimos meses, o que não foi um empecilho na conquista do décimo título estadual contra o rival Praia Clube no início de outubro. A jovem destaca que o grupo retorna para o novo ciclo com mentalidade vencedora e garra para retomar ao pódio em outras competições.


“As minhas expectativas para essa temporada são as maiores possíveis. Eu volto com uma mentalidade de só querer ganhar, ganhar e ganhar e acredito que eu possa muito ajudar o grupo. Eu sinto que é um grupo que tem uma mentalidade muito vencedora e isso é primordial para que a gente consiga resultados ainda maiores”, conclui a atleta.

Confira a entrevista na íntegra:

R7 — Como foi a sua reação ao retornar às quadras da VNL 2025 após a lesão no joelho?


Júlia Kudiess — Voltar na Liga das Nações, depois de uma lesão tão difícil, foi muito especial. Eu tinha o sentimento de que tinha conseguido passar por tudo aquilo, todos aqueles meses de angústia, de dúvida. Chegar ali e ver que todo o meu esforço foi recompensado foi muito gratificante.

R7 — Falando sobre a VNL 2025, você teve grande destaque na competição, sendo consagrada como melhor bloqueadora do torneio e aparecendo no dream team como melhor central. Você esperava todo esse reconhecimento?

Júlia Kudiess — Eu tinha uma ambição muito grande de crescer taticamente e fisicamente no meu retorno para a seleção esse ano. Eu sabia que seria difícil, porque a recuperação de uma lesão é mais calmo e o ritmo ali seria mais intenso. Mas o que não faltou foi trabalho, a gente trabalhou muito. Eu não esperava esse resultado, esperava que eu teria uma evolução muito grande, mas não esperava estar no dream team.

Fiquei muito feliz, mas é claro que eu devo tudo isso à equipe. Se todas as meninas não estivessem ali, se a gente não tivesse uma equipe tão boa com a gente, profissionais tão qualificados, nada disso teria acontecido. Então, esse prêmio para mim é muito mais do que um prêmio individual, é um prêmio coletivo que eu dedico para todos que estavam ali.

R7 — ⁠Como foi a preparação técnica e a rotina dentro da seleção?

Júlia Kudiess — Eu sempre digo que eu saio da seleção uma nova jogadora, porque cresço muito tecnicamente e fisicamente. Nós temos os melhores profissionais com a gente. Para mim, é uma honra ter oportunidade de trabalhar com o Zé [José Roberto Guimarães] e com o Paulinho. Todos da comissão técnica me instigam, me fazem querer crescer e evoluir cada vez mais. Isso é muito importante. Quando eu saio de lá, fico muito feliz em saber que estou me transformando em uma nova jogadora.

R7 — Nos últimos meses, houve rumores de que o Novara tinha interesse em contratá-la como central. Chegou a surgir uma proposta oficial?

Júlia Kudiess — Depois da temporada na seleção, surgiram algumas oportunidades ... mas, essa temporada eu visto a camisa do Minas com muito orgulho. Eu amo estar ali e tenho alguns sonhos ainda que eu quero realizar vestindo essa camisa.

R7 — ⁠Existe a vontade de atuar em ligas de vôlei internacionais?

Júlia Kudiess — Existe, sim, essa vontade de atuar em outra liga. Acredito que para o meu crescimento profissional seria muito importante, me tiraria da zona de conforto e seria uma nova oportunidade de crescer.

R7 — ⁠Quais são as suas expectativas para esta temporada de clubes com o Minas?

Júlia Kudiess — As minhas expectativas para essa temporada são as maiores possíveis. Eu volto com uma mentalidade de só querer ganhar, ganhar e ganhar e acredito que eu possa muito ajudar o grupo. Eu sinto que é um grupo que tem uma mentalidade muito vencedora e isso é primordial para que a gente consiga resultados ainda maiores.

R7 — ⁠O Minas passou por uma grande renovação nos últimos tempos. Como está sendo a adaptação do time?

Júlia Kudiess — O nosso time passou por uma grande renovação no último ano, e eu sinto que a gente tá se adaptando à nova forma de jogar, de lidar umas com as outras. Daqui a pouco começa a Superliga, e estamos tentando buscar uma só sintonia para que o nosso grupo consiga trabalhar no coletivo.

Acho que o primordial está sendo que todo mundo tá muito aberto a escutar, a se ajudar para que a gente consiga construir isso o mais rápido possível.

R7 — ⁠O Minas venceu o Praia Clube e garantiu o décimo título estadual no início de outubro. Qual é a expectativa de vocês para os próximos confrontos contra o time em outras competições?

Júlia Kudiess — Jogar contra o Praia sempre é um confronto muito importante para a nossa equipe. É aquele jogo que dá um friozinho na barriga de tanta vontade de vencer, que a gente tem pela rivalidade. É um clássico em Minas, não só em Minas, mas no Brasil inteiro. Fico muito feliz que nós vamos enfrentá-las de novo na Superliga, tenho a certeza de que a nossa equipe vai vestir a camisa e entrar com tudo para vencer novamente.

*Sob supervisão de Arnaldo Pagano

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