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Crédito: Programa chega a 50,05 milhões de pessoas. Famílias com renda per capita mensal de até R$ 218 inscritas no CadÚnico têm direito ao benefício. Lyon Santos/ MDS

Vitória e superação: conheça a história de brasileiros que pararam de receber o Bolsa Família

Com aumento de renda por conquistarem um emprego estável ou melhor condição financeira como empreendedores, membros de famílias não dependem mais do benefício e deixam a pobreza para trás

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Crédito: Programa chega a 50,05 milhões de pessoas. Famílias com renda per capita mensal de até R$ 218 inscritas no CadÚnico têm direito ao benefício. Lyon Santos/ MDS

Referência mundial em programas de transferência de renda, o Bolsa Família é uma política de Estado — não é assistencialismo — com foco na proteção da infância, dignidade, superação da pobreza, fortalecimento da segurança alimentar e inclusão produtiva. Em agosto de 2025, 19,19 milhões de famílias estavam sendo atendidas. O benefício médio no mês foi de R$ 671.

Com investimento de cerca de R$ 12,86 bilhões do Governo do Brasil, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o programa chega a 50,05 milhões de pessoas. Famílias com renda per capita mensal de até R$ 218 inscritas no CadÚnico têm direito ao benefício.


Além de garantir renda para as famílias em situação de pobreza, o programa integra políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. Para receber o Bolsa Família, os beneficiários assumem compromissos para melhorar cada vez mais a qualidade de vida de suas famílias. São as chamadas condicionalidades em saúde e educação.

Na área de saúde, por exemplo, as crianças menores de sete anos devem cumprir o calendário de vacinação e realizar acompanhamento do estado nutricional (peso e altura) e as gestantes devem realizar o pré-natal. Já na área de educação, as crianças, adolescentes e jovens devem frequentar a escola. A frequência escolar mensal mínima varia de acordo com a idade.


Divulgação/MDS

Conquista da autonomia e superação

Em julho deste ano, cerca de um milhão de domicílios deixaram de receber o Bolsa Família por terem aumentado a renda. A maioria deles, 536 mil, cumpriu o tempo estabelecido pela Regra de Proteção. Essas famílias atingiram o prazo máximo de recebimento de 50% do valor a que têm direito, por terem alcançado uma renda per capita entre R$ 218 e meio salário-mínimo (R$ 706 atualmente).


Crédito: MDS

Como resultado, cerca de 8,6 milhões de famílias já deixaram o programa por melhoria de renda; pela conquista de autonomia e inclusão produtiva, isto é, por conquistarem um emprego estável ou melhor condição financeira como empreendedores.

A seguir, conheça a história de alguns destes brasileiros e brasileiras.

Aos 31 anos, Priscila Taveira hoje retribui o que um dia recebeu de outras pessoas na Casa da Cidadania, local onde as pessoas vão para fazer carteira de identidade, registro no CadÚnico, inscrição no Bolsa Família, entre outros serviços, na aconchegante Careiro da Várzea, no Amazonas, cidade com 16 mil habitantes. “Recebi o Bolsa Família durante dez anos. Foi essencial em minha vida. Enquanto eu não consegui um emprego, foi muito bom. O benefício me ajudou até que eu conseguisse o emprego. Hoje trabalho na Casa da Cidadania com vários tipos de atendimento. É motivo de orgulho ter chegado aqui”, afirmou.

Priscila Taveira, 31 anos. Vitor Vasconcelos/Secom/PR Foto: Vitor Vasconcelos - Secom/PR

Também moradora de Careiro da Várzea, Dayane Carvalho, de 30 anos, recebeu o Bolsa Família durante quase dez anos. Atualmente, ela trabalha na Unidade Básica de Saúde Mãe Vicência, às margens do Rio Solimões, como técnica de enfermagem, curso que concluiu com auxílio do benefício do Governo do Brasil. A renda fixa significou emancipação e a saída oficial do programa em dezembro de 2024.

Do benefício ao empreendedorismo

Moradora de Caruaru, em Pernambuco, Francismeire Silva Melo, 45 anos, é mãe de três filhos e foi beneficiária do Bolsa Família por 12 anos. Ela conta que o programa ajudou a sustentar sua família durante um período difícil. É empreendedora hoje: vende cosméticos artesanais e velas aromáticas, superando desafios diários para sustentar a família e pagar a prestação do imóvel próprio.

Francismeire Silva Melo, 45 anos. Nicolas Gandhi/MDS

Ao olhar para o passado, ela reconhece o papel fundamental que o Bolsa Família desempenhou em sua vida e na vida de seus filhos. Agradece por ter recebido apoio quando mais precisava e está determinada a continuar crescendo e prosperando. “O Bolsa Família ajudou muito. Hoje sou uma empreendedora e estou tentando viver do meu trabalho. Não é fácil, tem muitos altos e baixos, mas estamos seguindo”, conta Francismeire.

Transformação geracional

Héracles Alves é formado em Tecnologia da Informação e faz parte da geração que vivenciou a transformação de Guaribas, cidade do interior do Piauí que já esteve entre as mais pobres do Brasil. A mãe dele foi beneficiária do Bolsa Família. “Significou muito, não só para Guaribas, mas para o Brasil inteiro. Quando as pessoas receberam o cartão, eles passaram a usar o benefício não só para sobreviver, mas para empreender também, montar um negocinho. Abriu novos caminhos”, acredita.

Mãe do Héracles Alves foi beneficiária do Bolsa Família. Crédito: Roberta Aline/MDS

Ele estudou da pré-escola até o ensino médio na escola pública de Guaribas. Em 2009, se inscreveu pelo Prouni com bolsa para cursar Gestão em Tecnologia da Informação em São Paulo. Lá estudou, trabalhou na área, ganhou experiência e voltou para Guaribas para montar uma assistência técnica especializada e prestar serviços de informática na cidade. Quando voltou, Héracles ainda pôde dividir seus conhecimentos com a comunidade, dando aula na escola técnica local.

Serviço público

Ex-beneficiária, Ana Carolina Oliveira hoje é servidora pública: trabalha na consultoria jurídica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). E continua estudando para alcançar a estabilidade que tanto almeja no serviço público.

Ana Carolina Oliveira hoje é servidora pública. Crédito: Lyon Santos/ MDS

“Lembro que sempre recebíamos cartinhas do Bolsa Família para que os componentes familiares fizessem cursos profissionalizantes. À medida que a educação é inserida na vida das pessoas, é possível conseguir coisas melhores, até mesmo se desvincular do benefício. A partir do momento que você investe na educação, é aberta uma janela que nos mostra novos horizontes”, defende Ana Carolina.

Este texto é patrocinado pelo Governo do Brasil.

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