A falta de ômega-3 pode estar afetando sua saúde silenciosamente; entenda
Descubra por que a maioria das pessoas não consome ômega-3 suficiente
Fala Ciência|Do R7

O consumo adequado de ômega-3 é essencial para o funcionamento do organismo em todas as fases da vida, mas estudos recentes mostram que grande parte da população mundial não atinge as doses recomendadas. Essa lacuna entre recomendações científicas e hábitos alimentares diários pode impactar desde o desenvolvimento infantil até a saúde cardiovascular, imunológica e cerebral na idade adulta.
Uma revisão global publicada na Nutrition Research Reviews, conduzida por Philip C. Calder revela dados alarmantes sobre o consumo insuficiente de EPA e DHA.
A lacuna global no consumo de ômega-3
Mais de três quartos da população mundial não consomem os níveis ideais de EPA e DHA, ácidos graxos essenciais encontrados principalmente em peixes oleosos e alimentos enriquecidos. A pesquisa evidencia que atingir as metas apenas com a alimentação é um desafio, especialmente para populações com baixo consumo de frutos do mar ou com restrições de acesso a alimentos ricos nesse nutriente.
Entre os desafios identificados estão:
Principais problemas causados pela deficiência de ômega-3

1. Saúde cardiovascular comprometida
2. Função cerebral prejudicada
3. Alterações no humor e saúde mental
4. Problemas de visão
5. Inflamação crônica e dor nas articulações
6. Desenvolvimento infantil comprometido
7. Pele e cabelo enfraquecidos
8. Sistema imunológico enfraquecido
Benefícios do ômega-3 para todas as fases da vida
O consumo adequado de EPA e DHA traz uma série de benefícios que impactam diretamente a qualidade de vida:
Além disso, a revisão reforça que a suplementação muitas vezes é necessária para atingir os níveis ideais, especialmente durante a gravidez ou em populações com consumo limitado de peixes.
Metas de ingestão recomendadas
A pesquisa compilou diretrizes nacionais e internacionais, indicando que adultos devem consumir 250 mg por dia de EPA e DHA combinados, com um adicional de 100 a 200 mg de DHA para gestantes. Essas quantidades podem ser alcançadas por meio de:
A importância de diretrizes claras e sustentáveis
As diferenças entre recomendações globais geram confusão e dificultam a adesão às metas nutricionais. A revisão defende a criação de orientações consistentes e baseadas em evidências, além do incentivo a fontes sustentáveis de ômega-3, garantindo que a população mundial consiga atingir níveis saudáveis sem comprometer o meio ambiente.
Garantir a ingestão adequada de EPA e DHA é crucial para manter a saúde em todas as idades, da infância à terceira idade. Esta revisão global, publicada na Nutrition Research Reviews, serve como um recurso importante para profissionais de saúde, cientistas e formuladores de políticas, oferecendo informações claras e estratégias de suplementação que podem ajudar milhões de pessoas a fechar a lacuna do ômega-3 em suas dietas.














