A inteligência artificial pode sair da Terra para operar em órbita
Fim dos data centers? IA pode ganhar vida em órbita até 2027
Fala Ciência|Do R7

A inteligência artificial (IA) tem avançado em ritmo exponencial, mas seus centros de dados terrestres enfrentam limites significativos. O consumo de energia elevado, custos de infraestrutura e atrasos na construção de novas instalações desafiam a expansão de IA de ponta. Nesse cenário, uma iniciativa inovadora busca mover a computação de IA para o espaço, abrindo novas fronteiras tecnológicas e energéticas.
A startup californiana Aetherflux, fundada em 2024, anunciou o projeto “Galactic Brain”, que planeja criar uma constelação de satélites que funcionam como centros de dados, alimentados por energia solar ininterrupta. O primeiro nó deve ser lançado no primeiro trimestre de 2027, enquanto uma demonstração de transmissão de energia espacial está prevista para 2026. Entre as vantagens dessa abordagem estão:
Por que o espaço pode ser o novo lar da IA?

A corrida pela Inteligência Artificial Geral (IAG) é, na essência, uma corrida por capacidade computacional e energia confiável. Em órbita, satélites podem utilizar sistemas térmicos avançados e energia solar contínua, superando limitações de data centers tradicionais.
Além de acelerar o desenvolvimento de IA, o projeto pode transformar áreas críticas para a sociedade:
A integração entre computação e energia solar espacial também sugere um novo modelo de infraestrutura: uma “rede elétrica orbital” capaz de fornecer energia confiável à Terra, ampliando os horizontes da inovação tecnológica e científica.
Galactic Brain e o futuro da inteligência artificial orbital
O “Galactic Brain” representa mais que uma solução técnica; ele aponta para uma mudança paradigmática na forma como lidamos com dados, energia e inovação. Com a computação de alto desempenho desvinculada das limitações terrestres, espera-se que os avanços beneficiem pesquisas científicas, saúde global e bem-estar humano, além de criar novas oportunidades para a indústria tecnológica.
À medida que gigantes da tecnologia exploram soluções orbitais, a visão da Aetherflux pode se tornar referência para um futuro em que satélites não apenas observam a Terra, mas também processam e entregam inteligência de forma contínua e eficiente.














