Alzheimer pode ser prevenido com vacina contra herpes-zóster, aponta estudo
Vacinação pode reduzir risco de demência em adultos mais velhos
Fala Ciência|Do R7

O envelhecimento da população traz consigo desafios significativos para a saúde cerebral, e novas pesquisas indicam que a prevenção de certas doenças infecciosas pode desempenhar um papel fundamental.
Um estudo recente publicado na Nature Medicine sugere que a vacinação contra herpes-zóster pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência, incluindo o Alzheimer, especialmente em adultos acima de 50 anos.
Herpes-zóster e seu impacto no cérebro

A herpes-zóster é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo responsável pela catapora na infância. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no organismo e pode ser reativado anos depois, geralmente quando o sistema imunológico está enfraquecido.
A doença manifesta-se com erupções cutâneas dolorosas e bolhas, mas estudos recentes indicam que sua reativação também pode estar ligada a processos inflamatórios e degenerativos no cérebro, aumentando o risco de demência.
Evidências científicas recentes
Pesquisadores utilizaram dados da base Optum EHR, que inclui registros de mais de 100 milhões de pacientes acompanhados entre 2007 e 2023. A análise comparou indivíduos que tiveram episódios de herpes-zóster ou receberam a vacina contra a doença com aqueles que não apresentaram histórico de infecção ou imunização. Entre os principais achados estão:
Como a vacinação contribui para a saúde cerebral

Além de prevenir os sintomas dolorosos da herpes-zóster, a imunização pode contribuir para:
Incorporar a vacinação no calendário de adultos mais velhos pode ser um passo importante para preservar funções cognitivas e reduzir o impacto da demência na qualidade de vida.
Recomendações práticas
Para maximizar os benefícios da vacinação:
Embora os resultados mostrem uma associação robusta entre herpes-zóster e demência, é importante ressaltar que não há comprovação definitiva de causalidade.
Novos estudos são necessários para confirmar esses achados, mas a evidência atual reforça que a vacinação é uma estratégia promissora para proteger a saúde do cérebro na terceira idade.
