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Cientistas descobrem manto oculto que mantém Himalaia e Planalto Tibetano elevados

Nova hipótese desafia teoria centenária sobre a estrutura da crosta na Ásia

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Fala Ciência|Do R7

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Estrutura oculta sob o Himalaia redefine a geologia continental (Crédito: Getty Images/ Canva Pro) Fala Ciência

Por muito tempo, acreditou-se que o gigantesco peso do Himalaia e do Planalto Tibetano era sustentado por uma crosta continental dobrada e espessada. No entanto, novas simulações geológicas indicam uma realidade bem mais complexa: entre as camadas crustais da Índia e da Ásia, existe uma porção rígida do manto litosférico, atuando como um alicerce oculto e crucial para manter essa colossal cadeia montanhosa em equilíbrio.

Essa descoberta sugere que o modelo tradicional, formulado há quase um século, precisa ser revisado para incluir a presença de uma estrutura interna mais resistente, capaz de suportar milhões de toneladas de rochas elevadas a mais de 8 mil metros.


Por que essa descoberta é tão impactante?

  • Contraria uma teoria predominante desde o início do século XX;
  • Explica a estabilidade prolongada de altitudes extremas;
  • Reinterpreta o papel do manto terrestre na sustentação continental;
  • Resolve inconsistências observadas em estudos sísmicos;
  • Reforça a importância da modelagem tectônica moderna.


Um quebra-cabeça geológico refeito em computador

Modelos computacionais recentes demonstram que, durante a colisão entre Índia e Ásia há 50 milhões de anos, partes da crosta inferior não se acumularam em camadas ordenadas. Em vez disso, fragmentos do manto foram empurrados para cima, encaixando-se entre as crostas e formando uma espécie de “sanduíche geológico”.


Camada de manto rígido explica a altitude extrema do Tibete (Crédito: Getty Images/ Canva Pro) Fala Ciência

Esse arranjo fornece não apenas flutuabilidade, mas também rigidez mecânica, evitando o colapso das estruturas elevadas sob o próprio peso. Essa camada intermediária explica por que o Himalaia não cede, apesar do calor e da pressão extremos em profundezas onde a crosta começaria a se deformar como material plástico.

Um novo olhar sobre a formação de montanhas


Essa interpretação redefine a forma como entendemos os processos orogênicos, a formação de montanhas. Em vez de imaginá-las apenas como empilhamento crustal, surge a noção de que o manto pode atuar ativamente como um suporte sólido em zonas de colisão continental.

Além disso, dados sísmicos e amostras rochosas começam a se alinhar com essa proposta, oferecendo respostas para anomalias geofísicas que permaneciam sem explicação.

O futuro da tectônica sob revisão

A presença de manto entre crostas continentais implica que outras cadeias de montanhas antigas também podem ter estruturas semelhantes. Isso abre portas para uma reavaliação global de modelos tectônicos usados em pesquisas sobre terremotos, vulcanismo e evolução continental.

Se confirmado, esse conceito marca uma das maiores revisões na compreensão do interior da Terra desde o advento da tectônica de placas.

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