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Como o lixo espacial pode prejudicar GPS, internet e clima

Crescimento de detritos orbitais ameaça satélites e serviços essenciais

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Lixo espacial cresce e ameaça satélites de GPS e telecomunicações (Imagem: Gerada por IA/ Gemini) Fala Ciência

Mais de 130 milhões de fragmentos orbitam a Terra, e o número continua aumentando, segundo a Agência Espacial Europeia. Embora a maior parte desses detritos seja pequena, seu impacto potencial sobre GPS, telecomunicações e previsão do tempo preocupa cientistas e engenheiros aeroespaciais.

O crescimento constante do lixo espacial aumenta a complexidade das operações em órbita e levanta questões sobre a segurança e a precisão de equipamentos essenciais. Entre os principais riscos e fatores de atenção estão:


  • Colisões com satélites em alta velocidade, capazes de destruir completamente equipamentos;
  • Reflexão e dispersão de ondas eletromagnéticas por fragmentos metálicos, interferindo na comunicação;
  • Degradação de sensores meteorológicos, com reflexos espúrios que prejudicam dados climáticos;
  • Efeito cascata, quando colisões geram ainda mais detritos;
  • Vulnerabilidade de tecnologias orbitais, especialmente internet via constelações em baixa órbita.

Impactos sobre satélites e serviços essenciais


O ambiente orbital congestionado torna cada missão mais arriscada. Pequenos fragmentos, mesmo milimétricos, podem atingir velocidades superiores a 28 mil quilômetros por hora, danificando satélites de comunicação, navegação e monitoramento climático. Isso aumenta o ruído de fundo e reduz a precisão de posicionamento, essencial para GPS e sistemas de telecomunicação.

Detritos orbitais podem comprometer internet, clima e navegação (Imagem: Gerada por IA/ Gemini) Fala Ciência

Além disso, instrumentos meteorológicos dependem de sensores para medir radiação, temperatura, umidade e dinâmica de nuvens. Fragmentos que cruzam o campo de visão podem gerar dados espúrios, comprometendo modelos numéricos de previsão do tempo.


Soluções em desenvolvimento, mas desafios permanecem

Apesar de tecnologias de mitigação já existirem, como satélites com braços robóticos, dispositivos de reentrada acelerada e materiais que queimam de forma mais completa, nenhum sistema de remoção de detritos está plenamente operacional. A indústria espacial busca ainda métodos preventivos:


  • Materiais que reduzem a geração de partículas metálicas;
  • Monitoramento constante da órbita para evitar colisões;
  • Procedimentos de manobra para minimizar riscos e geração de novos fragmentos.

No entanto, barreiras técnicas e financeiras dificultam a implementação de soluções eficazes. O crescimento contínuo do lixo espacial exige atenção global, pois afeta diretamente a precisão de satélites, a confiabilidade da internet e a segurança de serviços essenciais na Terra.

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