Descubra como a lipoproteína Lp(a) ameaça sua saúde cardiovascular
Entenda como a lipoproteína (a) impacta o risco cardiovascular ao longo da vida
Fala Ciência|Do R7

A saúde cardiovascular enfrenta um novo desafio: a lipoproteína (a), conhecida como Lp(a), considerada mais perigosa que o colesterol LDL, popularmente chamado de colesterol “ruim”.
Estudos recentes indicam que níveis elevados dessa molécula podem aumentar significativamente o risco de acúmulo de placas de gordura nas artérias, inflamação vascular e complicações como infarto, AVC e calcificação da válvula aórtica.
Diferente do LDL, cuja concentração pode variar de acordo com a dieta e medicamentos, a Lp(a) é majoritariamente determinada pela genética e se mantém relativamente estável ao longo da vida. Isso a torna um marcador precoce de risco cardiovascular, mesmo em pessoas que aparentam boa saúde.
Como a Lp(a) atua no organismo

A Lp(a) é formada por proteínas e gorduras, produzida pelo fígado, e tem uma função de transporte lipídico semelhante a outras lipoproteínas. Porém, sua ação se diferencia por:
Estudos da Universidade de Gotemburgo e da Associação Americana do Coração reforçam que a Lp(a) representa até cinco a seis vezes mais risco que o LDL para doenças cardiovasculares graves.
Quem está em maior risco

A concentração de Lp(a) varia conforme a genética e pode ser influenciada por fatores como:
O exame de sangue é suficiente para medir os níveis de Lp(a), que idealmente devem ser inferiores a 30 mg/dL. Pacientes com concentrações elevadas precisam monitorar de perto outros fatores de risco cardiovascular, mesmo que seus níveis de colesterol LDL estejam dentro da normalidade.
Estratégias de prevenção e cuidados
Embora não exista ainda medicação específica para reduzir a Lp(a), algumas medidas ajudam a minimizar o risco:
Além disso, familiares de pacientes com Lp(a) elevada podem se beneficiar de rastreamento precoce, pois a predisposição genética aumenta a probabilidade de riscos cardiovasculares.
A Lipoproteína (a) emerge como um fator crítico de risco que muitas vezes passa despercebido. Apesar de ainda não haver terapias específicas, o conhecimento dos níveis de Lp(a) e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para prevenir complicações cardíacas graves.
O monitoramento contínuo e a prevenção personalizada podem garantir maior proteção e longevidade ao coração.
