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Este é o 3I/ATLAS visto de perto pela Europa Clipper antes de deixar o Sistema Solar

Descobertas inéditas ampliam compreensão sobre cometas vindos de outros sistemas

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Europa Clipper captura imagens ultravioleta raras do cometa 3I/ATLAS (Imagem: Fala Ciência via Gemini) Fala Ciência

Em novembro de 2025, a NASA aproveitou uma oportunidade única para estudar o cometa 3I/ATLAS, um visitante interestelar atravessando nosso Sistema Solar. A espaçonave Europa Clipper, projetada para investigar sinais de vida na lua Europa, capturou imagens ultravioleta raras que revelam detalhes invisíveis a olho nu. Essas observações fornecem informações valiosas sobre a composição química e a atividade do cometa.

O cometa se aproxima da Terra em alta velocidade e estará a cerca de 270 milhões de quilômetros durante sua maior aproximação, sem qualquer risco de colisão. Mesmo sendo visível apenas como um ponto esverdeado em telescópios amadores, o valor científico das imagens é enorme. Principais observações realizadas em novembro:


  • Sete horas de imagens com o instrumento Europa Ultraviolet Spectrograph (Europa-UVS);
  • Análise da coma (atmosfera temporária do cometa);
  • Estudo da liberação de gases e compostos químicos, como gelo de dióxido de carbono e carbono diatômico (C₂);
  • Comparação com cometas do Sistema Solar.

Visitantes interestelares expandem nosso conhecimento sobre o cosmos


Cometa interestelar revela sua composição química única em novembro (Imagem: NASA/JPL-Caltech/SWRI) Fala Ciência

A radiação ultravioleta permite revelar detalhes que não podem ser detectados em luz visível. Ao separar os comprimentos de onda, os cientistas conseguem mapear a composição molecular do cometa e compreender sua atividade volátil. Isso amplia a capacidade de comparar cometas interestelares com aqueles nativos do Sistema Solar, ajudando a entender diferenças fundamentais na formação de sistemas planetários.

O 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto interestelar identificado em nossa história, seguindo o 1I/‘Oumuamua (2017) e o 2I/Borisov (2019). Cada visitante desse tipo revela materiais de outros sistemas estelares, permite estudar a diversidade química no universo e contribui para compreender a formação e evolução de planetas e cometas.


Essa observação demonstra a versatilidade da Europa Clipper, que não apenas investigará o oceano subterrâneo de Europa, mas também capturou informações únicas sobre corpos celestes de fora do Sistema Solar.

Próximos passos da missão


Os dados espectroscópicos coletados em novembro ainda estão sendo analisados, e novos resultados serão divulgados em revistas científicas especializadas. A abordagem multidisciplinar, combinando ultravioleta, infravermelho e raios X, permitirá um panorama completo do cometa, expandindo nossa compreensão sobre o universo interestelar.

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