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Estudo revela como diferentes biomas do Brasil retêm carbono

Estudo MapBiomas detalha estoques de carbono, textura do solo e impacto ambiental

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Amazônia concentra mais da metade do carbono orgânico do solo brasileiro (Imagem: Gerada por IA/ Gemini) Fala Ciência

O solo do Brasil funciona como um verdadeiro reservatório de carbono, crucial para a fertilidade, retenção de água e mitigação das mudanças climáticas. Dados recentes do MapBiomas indicam que o país acumula cerca de 37,5 gigatoneladas de carbono orgânico, com destaque para a Amazônia, responsável por mais de metade desse estoque.

Além de armazenar carbono, o solo brasileiro reflete a diversidade ecológica e geológica do país, mostrando como vegetação, relevo e clima moldam a capacidade de retenção de nutrientes. Principais insights da pesquisa:


  • Mata Atlântica: maior concentração de carbono por hectare;
  • Várzeas amazônicas: estoques elevados de silte e carbono;
  • Cerrado, Caatinga e Pantanal: solos mais arenosos, menor retenção de carbono.

Textura do solo: a chave para armazenamento de carbono


Solo brasileiro armazena 37,5 Gt de carbono, vital contra mudanças climáticas (Imagem: Getty Images/ Canva Pro) Fala Ciência

O estudo revela que a composição do solo influencia diretamente a quantidade de carbono que pode ser retida:

  • Solos argilosos e muito argilosos: frequentemente acima de 50 t/ha;
  • Solos siltosos: estoques elevados, próximos de 50 t/ha;
  • Solos arenosos: média de 32 t/ha, menor capacidade de retenção.


Nos primeiros 30 cm, 63,4% do território possui solo de textura média, enquanto profundidades de 60–100 cm são dominadas por solos argilosos. Esse padrão explica por que regiões com vegetação natural ou cultivos perenes infiltram melhor a água e acumulam mais carbono, enquanto áreas expostas têm maior risco de erosão.

Uso do solo e pedregosidade influenciam o carbono


Entre 1985 e 2024, a expansão da agricultura e pastagens ocorreu principalmente em solos menos pedregosos, enquanto a silvicultura concentrou-se em áreas superficiais com pedregosidade, aproveitando espécies com raízes profundas.

  • 9% do território: solo pedregoso nos primeiros 100 cm, dificultando cultivo e retenção de água;
  • Biomas mais afetados: Caatinga e partes do Cerrado.

Essas informações ajudam a entender por que diferentes biomas respondem de forma diversa ao uso do solo e às mudanças climáticas, fornecendo dados essenciais para políticas de conservação e manejo sustentável.

O carbono armazenado no solo atua como um amortecedor natural contra o aumento do CO₂ atmosférico. Integrar dados de textura, pedregosidade e bioma permite identificar áreas prioritárias para conservação e uso sustentável, equilibrando produtividade agrícola e preservação ambiental.

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