Estudo revela como diferentes biomas do Brasil retêm carbono
Estudo MapBiomas detalha estoques de carbono, textura do solo e impacto ambiental
Fala Ciência|Do R7

O solo do Brasil funciona como um verdadeiro reservatório de carbono, crucial para a fertilidade, retenção de água e mitigação das mudanças climáticas. Dados recentes do MapBiomas indicam que o país acumula cerca de 37,5 gigatoneladas de carbono orgânico, com destaque para a Amazônia, responsável por mais de metade desse estoque.
Além de armazenar carbono, o solo brasileiro reflete a diversidade ecológica e geológica do país, mostrando como vegetação, relevo e clima moldam a capacidade de retenção de nutrientes. Principais insights da pesquisa:
Textura do solo: a chave para armazenamento de carbono

O estudo revela que a composição do solo influencia diretamente a quantidade de carbono que pode ser retida:
Nos primeiros 30 cm, 63,4% do território possui solo de textura média, enquanto profundidades de 60–100 cm são dominadas por solos argilosos. Esse padrão explica por que regiões com vegetação natural ou cultivos perenes infiltram melhor a água e acumulam mais carbono, enquanto áreas expostas têm maior risco de erosão.
Uso do solo e pedregosidade influenciam o carbono
Entre 1985 e 2024, a expansão da agricultura e pastagens ocorreu principalmente em solos menos pedregosos, enquanto a silvicultura concentrou-se em áreas superficiais com pedregosidade, aproveitando espécies com raízes profundas.
Essas informações ajudam a entender por que diferentes biomas respondem de forma diversa ao uso do solo e às mudanças climáticas, fornecendo dados essenciais para políticas de conservação e manejo sustentável.
O carbono armazenado no solo atua como um amortecedor natural contra o aumento do CO₂ atmosférico. Integrar dados de textura, pedregosidade e bioma permite identificar áreas prioritárias para conservação e uso sustentável, equilibrando produtividade agrícola e preservação ambiental.














