Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Estudo sugere que Ozempic reduz sensação de estar bêbado

Ozempic pode diminuir o prazer e os efeitos da bebida alcoólica

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

  • Google News
Ozempic pode mudar reação do corpo ao álcool. (Foto: Pixelshot via Canva) Fala Ciência

Os medicamentos usados para controle do peso e diabetes tipo 2, como Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Saxenda, estão chamando atenção por um possível efeito inusitado. Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Biomédica Fralin, da Virginia Tech, aponta que essas substâncias podem alterar a forma como o corpo processa o álcool, reduzindo tanto a sensação de embriaguez quanto o desejo de beber.

Publicada na revista Scientific Reports, a pesquisa indica que os agonistas de GLP-1, grupo de fármacos presente nas chamadas “canetas emagrecedoras”,  retardam a absorção do álcool na corrente sanguínea. Com isso, quem usa esses medicamentos tende a ficar menos bêbado e a consumir menos bebida ao longo do tempo.


Como o corpo reage ao álcool com GLP-1

Pesquisa aponta novo efeito das canetas emagrecedoras. (Foto: DAPA Images via Canva) Fala Ciência

De forma simplificada, os medicamentos com GLP-1 diminuem a velocidade do esvaziamento do estômago, fazendo com que o álcool leve mais tempo para alcançar o sangue. Essa digestão mais lenta muda toda a resposta do organismo à bebida, o aumento gradual do teor alcoólico faz com que os efeitos típicos da embriaguez sejam menos intensos e mais curtos.


Durante o estudo, participantes que utilizavam as medicações relataram menor sensação de tontura e euforia, além de menos vontade de continuar bebendo após ingerir a mesma quantidade de álcool que o grupo de controle.

Leia também:


Possível novo caminho contra o alcoolismo


Embora a pesquisa ainda seja preliminar e envolva um grupo reduzido de voluntários, os resultados apontam para um potencial terapêutico interessante. Diferente dos remédios convencionais usados no tratamento do alcoolismo, como naltrexona e acamprosato, os fármacos com GLP-1 agem antes de o álcool atingir o cérebro, atuando diretamente na absorção da substância.

Essa diferença de mecanismo pode abrir novas possibilidades para terapias futuras, especialmente para quem busca reduzir o consumo de álcool de forma gradual e segura.

Além de ajudar no controle do peso corporal e da glicose, os agonistas de GLP-1 podem, no futuro, também contribuir para diminuir o impacto do álcool no organismo, unindo dois benefícios em um único tratamento.

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.