Ferramentas de ocre mostram criatividade avançada dos neandertais
Evidências mostram uso criativo de ocre por neandertais há 42 mil anos
Fala Ciência|Do R7

Novas descobertas indicam que os neandertais tinham habilidades simbólicas e artísticas muito antes do Homo sapiens. Pesquisas recentes publicadas na revista Science Advances mostram que fragmentos de ocre, encontrados em sítios arqueológicos da Crimeia e da Ucrânia, foram moldados e reutilizados como ferramentas de marcação, semelhantes a gizes de cera.
Esses achados sugerem que os neandertais não apenas utilizavam o ocre para fins práticos, mas também exploravam seu potencial simbólico e artístico, indicando planejamento e cognição abstrata.
Fragmentos de ocre e sinais de manipulação intencional
Entre os 16 fragmentos de ocre analisados, datados de até 70 mil anos, alguns apresentavam características que evidenciam uso deliberado:
Destacam-se três peças que vão além do uso funcional:
Esses padrões indicam que o ocre era empregado para marcação, registro ou comunicação, reforçando a ideia de comportamento simbólico.
Uso simbólico e artístico do ocre

O ocre, pigmento mineral rico em ferro, é conhecido por aplicações práticas na pré-história, como:
No entanto, a análise das peças neandertais revela que o pigmento também tinha funções expressivas, possivelmente para:
Esses indícios mostram que os neandertais possuíam uma capacidade criativa e conceitual que se aproxima de comportamentos atribuídos anteriormente apenas ao Homo sapiens.
Implicações para a compreensão da mente neandertal
O uso de gizes de cera de ocre evidencia:
Essas descobertas reforçam a visão de que os neandertais contribuíram para a história da arte e do pensamento humano, ampliando nosso entendimento sobre a cognição de nossos parentes pré-históricos.















