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Imagem de satélite revela poder devastador do furacão Melissa no Caribe

Satélites capturam a evolução explosiva da maior tempestade do Atlântico em 2025

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Imagem inédita mostra avanço brutal do Melissa sobre ilhas caribenhas (Imagem: Gerada por IA/ Canva Pro) Fala Ciência

A atmosfera mostrou sua face mais extrema com o avanço do furacão Melissa, evento que marcou a temporada de ciclones de 2025 com violência impressionante. Em poucas horas, a tempestade ultrapassou limites climáticos conhecidos, transformando paisagens, rotinas e sistemas de emergência em todo o Caribe. A evolução acelerada surpreendeu especialistas em dinâmica atmosférica e reforçou o alerta científico sobre o aumento da intensidade de eventos climáticos globais.

A recente imagem de satélite, capturada pela missão Copernicus Sentinel-3, trouxe detalhes inéditos da estrutura do sistema ciclônico. Esse tipo de observação desempenha papel crucial na tomada de decisões humanitárias e estratégicas, especialmente quando fenômenos desse porte ameaçam regiões densamente povoadas.


Principais destaques observacionais

  • Formação rápida e amplificação extrema do sistema;
  • Temperaturas ultrabaixas no topo das nuvens, indicativas de convecção intensa;
  • Ventos próximos a 300 km/h no pico da tempestade;
  • Pressão atmosférica excepcionalmente baixa, abaixo de 900 mb;
  • Milhões de pessoas diretamente impactadas na região.


Da calmaria ao colapso climático em apenas 24 horas

O Melissa iniciou como uma modesta tempestade tropical, mas rapidamente ganhou força, atingindo ventos superiores a 225 km/h em um intervalo curto. Esse salto explosivo, conhecido como intensificação rápida, tornou-se objeto de grande interesse em pesquisas publicadas em periódicos como Nature Geoscience e Journal of Climate. Ao atingir a categoria 5 na escala Saffir-Simpson, o sistema alcançou status de megaciclon, com potência semelhante a eventos históricos do Atlântico.


Furacão Melissa: satélite revela poder devastador no Caribe (Imagem: Copernicus Data/ESA) Fala Ciência

Além disso, o satélite revelou temperaturas de brilho tão baixas quanto -75°C no topo das nuvens. Valores nessa faixa representam atividade convectiva de alta intensidade, característica de ciclones extremamente organizados e potencialmente devastadores. Para fins de comparação, a superfície do oceano na região estava próxima de 25°C, fornecendo combustível térmico abundante para o sistema.

Impacto humano e geográfico sem precedentes


A Jamaica foi a primeira nação a enfrentar o Melissa em sua fase máxima. Ventos próximos de 295 km/h, rajadas destrutivas e precipitação torrencial atingiram metade da população da ilha, segundo autoridades humanitárias. Em seguida, o sistema alcançou Cuba, já com categoria 3, ainda assim capaz de provocar danos estruturais, interrupções de energia e deslocamento populacional.

Esse tipo de fenômeno não apenas desafia infraestruturas urbanas; ele também evidencia a importância de sistemas modernos de monitoramento atmosférico. Tecnologias orbitais e modelos matemáticos tornaram-se ferramentas indispensáveis para antecipar riscos, organizar evacuações e salvar vidas.

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