Insetos “curativos”? Chimpanzés usam insetos para tratar feridas abertas
Chimpanzés aplicam insetos em feridas, cuidado animal, autocura primatas
Fala Ciência|Do R7

Os chimpanzés, parentes vivos mais próximos dos humanos, continuam a revelar comportamentos que desafiam nossa compreensão sobre autocuidado e empatia animal. Pesquisas recentes no Parque Nacional de Kibale, Uganda, publicadas na Scientific Reports, mostram que esses primatas utilizam insetos voadores para tratar feridas, uma prática até então pouco documentada.
Esses achados indicam que, além de lamber feridas ou pressionar folhas sobre elas, os chimpanzés podem experimentar estratégias mais complexas, possivelmente influenciadas por propriedades biológicas dos insetos. A observação detalhada desses comportamentos sugere criatividade, intencionalidade e até cooperação entre indivíduos.
Como os chimpanzés aplicam insetos em feridas
As observações de campo revelaram um padrão interessante e recorrente:
Esses atos, embora isolados, reforçam a ideia de que os chimpanzés não são passivos diante de ferimentos, mas exploram o ambiente de maneira estratégica e deliberada.
Potencial terapêutico dos insetos

Ainda não há comprovação científica de que os insetos acelerem a cicatrização ou reduzam infecções. Contudo, muitos insetos produzem substâncias antimicrobianas ou anti-inflamatórias, abrindo possibilidades intrigantes para futuras pesquisas. Vale destacar:
Implicações evolutivas e conservacionistas
Essa descoberta amplia nossa compreensão sobre as raízes evolutivas do cuidado, mostrando que comportamentos associados à cura e apoio social não são exclusivamente humanos. Além disso:
Observar chimpanzés capturando e aplicando insetos sobre feridas nos lembra que a natureza ainda guarda segredos sobre autocura e empatia animal. Se confirmado que o comportamento oferece benefícios medicinais, estaremos diante de uma nova dimensão da interação entre primatas e insetos, reforçando a necessidade de pesquisas detalhadas e conservação ambiental.
