Mudanças climáticas podem dizimar populações de moluscos costeiros até 2050
Impactos climáticos ameaçam a sobrevivência de espécies essenciais nos ecossistemas marinhos
Fala Ciência|Do R7

O aquecimento global não afeta apenas geleiras ou ursos polares; ele também coloca em perigo espécies marinhas essenciais, como os moluscos. Novos estudos indicam que, ao longo da costa da América do Norte, as mudanças ambientais podem reduzir drasticamente a presença de amêijoas, ostras e caracóis, comprometendo a saúde de ecossistemas inteiros.
Entre os principais fatores de risco estão:
Essa combinação de fatores cria um cenário preocupante para todas as espécies de moluscos, independentemente de suas adaptações ecológicas.
O papel dos moluscos na manutenção do ecossistema

Moluscos desempenham funções críticas para a saúde ambiental:
A perda de moluscos não representa apenas a diminuição de uma população; ela pode gerar efeitos em cascata em toda a cadeia alimentar marinha.
Projeções e modelos climáticos: o futuro dos moluscos
Pesquisadores da Virginia Tech apresentaram recentemente um estudo na revista GSA Connects 2025, modelando cenários de emissões de carbono e seu impacto sobre moluscos. Entre os resultados:

Apesar da sofisticação dos modelos, eles ainda não capturam fatores como migração, interações bióticas e alterações do nível do mar, mas fornecem insights valiosos para direcionar esforços de conservação.
Apesar das previsões alarmantes, existe uma oportunidade de mitigação. Reduzir as emissões de carbono pode adiar os piores impactos e limitar a perda de moluscos. Comparações entre cenários extremos e moderados mostram que medidas de conservação e políticas climáticas podem ter efeito direto na sobrevivência dessas espécies.
A preservação dos moluscos não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica e social, pois eles sustentam a biodiversidade marinha e serviços ecossistêmicos vitais.
