Neuralink cria próteses controladas pela mente e muda vida de paralisados
Inovação científica aproxima paralisados de recuperar autonomia usando o poder do cérebro
Fala Ciência|Do R7

A fronteira entre ciência e ficção científica se estreita cada vez mais com os avanços da Neuralink, empresa de neurotecnologia de Elon Musk. Recentemente, o dispositivo desenvolvido pela companhia demonstrou que pessoas com lesões medulares ou doenças neurológicas podem controlar braços robóticos apenas com o pensamento, abrindo novas possibilidades para mobilidade assistida e reabilitação.
Em testes públicos, usuários implantados com o chip conseguiram realizar movimentos complexos com precisão surpreendente, aproximando-se de um controle natural de seus membros artificiais. Esses resultados representam um marco histórico em interfaces cérebro-computador (BCIs), embora a tecnologia ainda esteja em fase clínica. Principais destaques da tecnologia:
Como funciona a interface cérebro-computador da Neuralink
O dispositivo se conecta ao sistema nervoso central, captando a atividade elétrica do cérebro. Por meio de algoritmos avançados, essa informação é interpretada em comandos que acionam dispositivos externos, como braços robóticos. Assim, o paciente consegue executar movimentos complexos sem esforço físico, usando apenas a mente.

Embora os resultados sejam animadores, a Neuralink mantém cautela quanto à segurança, enfatizando que os ensaios clínicos ainda estão em andamento. Até setembro de 2025, a empresa implantou o chip em 12 voluntários, monitorando cada etapa para avaliar eficácia, precisão e eventuais efeitos adversos.
Desafios e perspectivas futuras
O objetivo final da Neuralink vai além de simples movimentos robóticos: a meta é restaurar autonomia para pessoas paralisadas, permitindo que interajam com o ambiente, utilizem equipamentos diários e melhorem sua qualidade de vida. Futuras atualizações podem ampliar a precisão do controle, possibilitando inclusive comunicação direta entre cérebro e dispositivos digitais, como computadores e smartphones.
Apesar do entusiasmo, os especialistas alertam que pesquisa cuidadosa, ética e regulação clínica são essenciais para garantir que a tecnologia seja segura e acessível, evitando riscos e complicações neurológicas.Portanto, a Neuralink oferece um vislumbre real do futuro das próteses inteligentes, aproximando a ciência da plena restauração da mobilidade humana e redefinindo o que significa controlar dispositivos apenas com o cérebro.
