Nova tecnologia pode restaurar corais da Grande Barreira em larga escala
Inovação em biotecnologia marinha aumenta sobrevivência e assentamento de larvas de coral
Fala Ciência|Do R7

A restauração de corais da Grande Barreira de Corais recebeu um importante avanço com o desenvolvimento de caixas de sementes larvais, uma tecnologia inovadora que aumenta significativamente as chances de sobrevivência das larvas de coral e seu assentamento em áreas degradadas.
Desenvolvida pela CSIRO, em parceria com a Southern Cross University, a técnica mostrou resultados promissores em testes realizados na Ilha Lizard em 2024, demonstrando a capacidade de cobrir grandes áreas de recife com alta densidade de larvas. Entre os principais destaques da pesquisa:
Como funcionam as caixas de sementes larvais?

As caixas atuam como sistemas de distribuição de larvas concentradas em áreas específicas do recife, proporcionando mais tempo para que elas se fixem em habitats ideais. Durante o evento anual de desova em massa, milhões de larvas são cultivadas em laboratório e inseridas nas caixas, que são então implantadas no recife. Uma vez prontas, as larvas são liberadas nas correntes, alcançando áreas extensas de mais de dois hectares, aumentando significativamente o potencial de restauração de corais juvenis.
Potencial de monitoramento e avaliação

A pesquisa inclui acompanhamento da dispersão e do assentamento das larvas ao longo de nove a doze meses, permitindo avaliar a eficácia da técnica em diferentes ambientes de recife. Isso possibilita:
Impacto ecológico e futuro da restauração de corais
As caixas de sementes larvais representam uma abordagem inovadora que combina biotecnologia marinha, baixo custo e alta eficiência, oferecendo uma ferramenta escalável para a restauração de recifes.
Essa técnica também proporciona uma oportunidade para explorar soluções resilientes às mudanças climáticas, ajudando ecossistemas marinhos a se recuperarem de impactos ambientais e fortalecendo a biodiversidade da região.
