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Pesquisadores identificam padrões cerebrais que indicam crises epilépticas caninas

Pesquisas avançadas investigam causas e tratamentos da epilepsia canina

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Cães podem sofrer convulsões mesmo com tratamento eficaz. (Foto: Getty Images via Canva) Fala Ciência

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais frequentes entre cães, afetando aproximadamente 2% da população canina ao longo da vida. Embora existam tratamentos, muitos animais continuam a apresentar convulsões recorrentes, que impactam diretamente sua saúde e bem-estar.

Entender essa condição nos cães também oferece valiosas informações para pesquisas em humanos, abrindo novas possibilidades terapêuticas.


Monitoramento cerebral com EEG

Pesquisadores da Universidade de Guelph, Canadá, liderados por Fiona James, estão utilizando eletroencefalografia (EEG) para acompanhar a atividade elétrica do cérebro durante convulsões.


  • O objetivo é comparar os relatos dos tutores com os sinais reais detectados pelo EEG.
  • A pesquisa investiga como diferentes anticonvulsivantes afetam a frequência e intensidade das crises.
  • O projeto possui financiamento de US$ 83.318, com previsão de conclusão em agosto de 2026.

Ressonância magnética funcional para mapear o cérebro


Ressonância magnética detecta alterações no cérebro dos cães. (Foto: SeventyFour via Canva) Fala Ciência

Na Universidade Estadual da Carolina do Norte, a equipe de Karen R. Muñana está utilizando ressonância magnética funcional (RMf) para analisar como o cérebro dos cães funciona em repouso, especialmente em animais com epilepsia.

  • A RMf mede pequenas variações no fluxo sanguíneo que indicam atividade cerebral sincronizada.
  • O estudo compara cães com epilepsia não tratados com medicamentos e cães saudáveis.
  • Alterações em padrões cerebrais em repouso podem indicar gravidade da doença e respostas a medicamentos.


Reconhecendo os sinais de uma convulsão

As convulsões podem variar bastante, mas as generalizadas são mais comuns. Entre os sinais mais frequentes estão:

  • Rigidez nos membros, tropeços e quedas
  • Movimentos repetitivos de mastigação e salivação intensa
  • Batimento de patas como se estivesse nadando
  • Perda de controle urinário ou intestinal
  • Tremores e vocalizações

Normalmente, as crises duram entre 30 e 90 segundos, e os cães podem ficar desconectados do ambiente. Após o episódio, é comum apresentar confusão, cansaço e desorientação, enquanto a fase pré-crise pode incluir agitação ou comportamento estranho.

A importância da pesquisa

Estudos como esses são essenciais para:

  • Compreender melhor os mecanismos cerebrais por trás das convulsões
  • Desenvolver tratamentos mais precisos e seguros
  • Oferecer melhoria na qualidade de vida dos cães e dados valiosos para humanos

Com técnicas como EEG e RMf, os cientistas podem identificar padrões únicos de epilepsia e medir a eficácia dos medicamentos, abrindo caminho para soluções inovadoras no cuidado dos cães epilépticos.

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