Pterossauro jamais visto aparece em “vômito” fossilizado do Brasil
Fóssil raro revela pterossauro filtrador e ecossistema pré-histórico
Fala Ciência|Do R7

Um achado inesperado na Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro, trouxe à tona uma nova espécie de pterossauro filtrador. O mais impressionante é que o fóssil, armazenado há anos em um museu, estava em um regurgitalito, ou “vômito fossilizado” de dinossauro.
Publicado na revista Scientific Reports no estudo Um regurgitalito revela um novo pterossauro filtrador do Grupo Santana, de RV Pêgas et al. (2025), o achado não só acrescenta informações sobre a evolução dos pterossauros, como também revela detalhes sobre as cadeias alimentares do Cretáceo Inferior.
Um fóssil que guardava segredos

O regurgitalito contém restos parciais da nova espécie, denominada Bakiribu waridza, acompanhados de fragmentos de peixes. A disposição dos ossos indica que o predador digeria tecidos moles, regurgitando partes duras como ossos e dentes.
Mesmo negligenciado por décadas, o fósil agora fornece insights únicos sobre ecossistemas antigos e comportamento alimentar.
Posição evolutiva de Bakiribu waridza

Estudos filogenéticos e paleohistológicos confirmaram que Bakiribu waridza pertence à família Ctenochasmatidae, famosa por pterossauros filtradores com focinhos alongados e dentes finos.
A análise mostra que a espécie representa uma etapa intermediária entre formas conhecidas, ajudando a mapear a evolução adaptativa desses animais.
Revelando antigas cadeias alimentares
O regurgitalito também lança luz sobre a alimentação de dinossauros predadores. Pterossauros filtradores, como Bakiribu, eram parte da dieta de dinossauros maiores, possivelmente espinossaurídeos ou ornitocheiriformes.
Esse achado reforça a importância de coleções de museus e fósseis previamente estudados de forma limitada, mostrando que tesouros científicos podem estar guardados por anos.
Importância do achado para a Paleontologia
A descoberta de Bakiribu waridza amplia o conhecimento sobre:
Publicado na Scientific Reports por RV Pêgas et al. (2025), este estudo demonstra que fósseis antigos, mesmo negligenciados, podem revelar informações evolutivas e ecológicas cruciais, contribuindo para a compreensão da vida pré-histórica no nordeste brasileiro.














