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Vacina do Butantan inaugura nova fase no combate à dengue no Brasil em 2026

Imunizante de dose única inicia aplicação por grupos prioritários e promete ampliar proteção nacional

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Imunização de dose única chega primeiro aos grupos prioritários. (Foto: Superohmo e Photography's Images via Canva) Fala Ciência

A implementação da nova vacina contra a dengue do Instituto Butantan marca um dos passos mais importantes da saúde pública brasileira nos últimos anos. Produzida integralmente no país e projetada para proteger contra os quatro sorotipos do vírus, ela será a primeira vacina de dose única a integrar o calendário do Sistema Único de Saúde. 

A previsão é que a imunização comece até o fim de janeiro de 2026, com distribuição inicial de 1,3 milhão de doses.


Primeiros grupos serão imunizados com prioridade estratégica

A definição dos grupos iniciais levou em conta o risco epidemiológico e a exposição direta ao vírus. Por isso, a nova vacina será aplicada primeiro em:


 • Adultos de 50 a 59 anos, seguindo ordem decrescente de idade para maximizar a proteção.

Profissionais da Atenção Primária, que lidam com pacientes suspeitos diariamente.


A escolha desses públicos busca reduzir rapidamente o impacto das formas graves da doença, especialmente entre os adultos mais velhos, que registraram maior vulnerabilidade nos últimos ciclos de transmissão.

Ampliação gradual e estudos específicos para idosos acima de 60 anos


Nova vacina do Butantan inicia proteção contra dengue em 2026. (Foto: Aflo via Canva) Fala Ciência

Além do início em grupos prioritários, está previsto para 2026 um estudo clínico dedicado à população com mais de 60 anos, autorizado pela Anvisa. A análise desse público será essencial para decidir sobre uma futura expansão da imunização.

Para adolescentes, nada muda: a vacina internacional indicada para o grupo de 10 a 14 anos continuará sendo utilizada normalmente no SUS.

No momento, o Instituto Butantan não planeja estudos envolvendo crianças menores de 10 anos.

Eficácia elevada reforça potencial de impacto nacional

Os dados avaliados pela Anvisa mostram que a vacina apresentou 74,7% de eficácia contra quadros sintomáticos e 89% de proteção contra formas graves entre pessoas de 12 a 59 anos. Esses números indicam que o novo imunizante poderá reduzir de forma expressiva a demanda por atendimento e internações durante os períodos de maior circulação viral.

Cidades com maior circulação do DENV-3 serão monitoradas

Uma parte das doses será direcionada para estudos de impacto populacional, começando por regiões com alta predominância do sorotipo DENV-3. Em Botucatu, cerca de metade da população de 15 a 59 anos será vacinada para avaliar os resultados na comunidade. Outros municípios com perfil semelhante também poderão participar, permitindo medir o efeito direto do imunizante na transmissão local.

Prevenção ambiental segue indispensável

Mesmo com a chegada da vacina, o combate ao mosquito Aedes aegypti continua essencial. Medidas como eliminar recipientes que acumulam água, cobrir reservatórios e instalar telas ainda são fundamentais para manter a circulação viral sob controle. 

Em 2025, o Brasil registrou redução de 75% nos casos, e a expectativa é que a soma entre prevenção e vacinação fortaleça ainda mais essa tendência.

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