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Hora 7

Pessoas mais inteligentes bebem mais? Pesquisa revela resultado surpreendente

Dados apontam que pessoas com QI mais alto têm maior propensão ao consumo moderado ou excessivo de álcool, mas têm menos episódios de bebedeira

Hora 7|Do R7

Estudo revela que pessoas com QI mais alto podem ter maior tendência ao consumo moderado ou excessivo de álcool Reprodução/X/@zworldio

Uma nova pesquisa feita pela Universidade do Texas Southwestern revelou uma relação intrigante entre o nível de inteligência durante a adolescência e o consumo de álcool na meia-idade. O estudo, conduzido por pesquisadores da universidade, avaliou os hábitos de bebida de mais de 8 mil participantes, com idades entre 53 e 65 anos, comparando-os aos QIs registrados no último ano de ensino médio. Os resultados mostram que, para cada ponto a mais no QI, a probabilidade de a pessoa consumir álcool de forma moderada ou pesada aumenta em 1,6%.

De acordo com uma matéria publicada no Daily Mail, que explica sobre o estudo, os pesquisadores definiram consumo moderado como ingerir de 1 a 29 “drinks” por mês para mulheres e até 59 para homens, enquanto o consumo pesado corresponde a mais de 30 “drinks” mensais para mulheres e mais de 60 para homens. Apesar da pesquisa ter associado níveis mais altos de inteligência a maiores chances de consumo excessivo, também constatou que esses indivíduos apresentavam menos chances de ter episódios de bebedeira, ou seja, consumir muita bebida alcoólica em episódios isolados, o que levanta questionamentos sobre a complexa relação entre inteligência, comportamento social e hábitos de consumo.

E. Sherwood Brown, psiquiatra e principal autor do estudo, ressaltou que o QI por si só não define o destino de uma pessoa, mas pode influenciar fatores sociais que levam ao consumo de álcool. Ele destacou que a pesquisa visa compreender melhor esses mecanismos, já que a inteligência parece prever uma maior tendência ao consumo regular, mas não necessariamente ao abuso imediato de grandes quantidades de álcool em um curto período de tempo, como ocorre com a bebedeira.

Outro ponto explorado pelos pesquisadores foi a influência da renda e do ambiente social no comportamento de consumo de álcool. Indivíduos com maior QI são mais propensos a buscar empregos de alta remuneração e estresse, onde o consumo social de álcool é mais frequente. No entanto, essa correlação com o estresse e a vida social também pode ser um mediador, explicando parcialmente a relação entre inteligência e os padrões de consumo de álcool na vida adulta.

Com o consumo de álcool aumentando entre pessoas acima de 50 anos, os autores da pesquisa acreditam que entender essa conexão entre QI e hábitos de bebida pode trazer novas perspectivas sobre a saúde pública, especialmente considerando os riscos elevados de condições como hipertensão, câncer e depressão associados ao consumo excessivo de álcool.

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