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Ações dos EUA na América Latina são ‘uma aposta que tem seus riscos’, avalia professor

Governo americano anunciou operações na região para ‘proteger a vizinhança’ de ações de narcotraficantes

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os EUA anunciaram uma operação de combate ao tráfico de drogas na América Latina e no Caribe.
  • A ação visa "proteger a vizinhança" de narcotraficantes, mas não especificou os países afetados.
  • O professor Kleber Galerani sugere que essa postura pode ser uma forma de pressionar países aliados da China e Rússia.
  • Citada preocupação com as consequências das ações para países com relações neutras, como o Brasil.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O governo dos Estados Unidos, por meio de seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciou, nesta quinta-feira (13), uma operação de combate ao tráfico de drogas no Caribe e na América Latina. Segundo ele, o país vai “proteger a vizinhança” dos “narcoterroristas”, mas não detalhou quais países poderão ser impactados pela operação. Desde setembro, ataques contra embarcações supostamente envolvidas com tráfico de drogas na região já causaram ao menos 76 mortes.

O posicionamento do governo Trump demonstra uma mudança de postura e visão dos Estados Unidos sobre a América Latina, aponta Kleber Galerani, professor de direito e relações internacionais da Universidade de Franca (SP).


Em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (14), ele aponta que, do ponto de vista diplomático, as ações podem ser um sinal de proteção para os aliados de Washington, enquanto se tornam uma pressão a outros países influenciados pela China e Rússia, como a Venezuela.

Pete Hegseth defendeu ações contra o narcotráfico na América Latina e Caribe para ajudar a população local Reprodução/ Record News

Já para países que possuem uma relação mais neutra com os dois lados, como o Brasil, o professor aponta uma inquietação e apreensão sobre os possíveis reflexos que ações podem causar na região. Galerani cita que, além da América Latina, algumas das consequências vistas podem ser um desgaste com a população estadunidense com o governo.


“Trata-se, a meu ver, de uma aposta que de alguma forma tem os seus riscos, que mistura tanto a política interna, quanto a segurança hemisférica, quanto também implicações globais, uma vez que os Estados Unidos são uma grande superpotência e nós temos cada vez mais a atuação aqui de China e também de Rússia. Isso é uma demonstração clara que os Estados Unidos pretendem reacender o seu papel e o seu poder aqui no hemisfério”, conclui.

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