Acusado de receber propina da Odebrecht, ex-presidente do Peru Alejandro Toledo tem prisão preventiva pedida
Político que comandou o país de 2001 a 2006 é suspeito de receber US$ 20 milhões de suborno
Internacional|Lumi Zúnica, da TV Record, epecial para o R7
O Ministério Público do Peru pediu à Justiça na tarde desta terça feira que decrete a prisão preventiva do ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006) por 18 meses.
Toledo é suspeito de receber US$ 20 milhões de suborno pagos pela Odebretch para facilitar a contratação de obras da rodovia Interoceânica.
A acusação se origina na delação premiada de Jorge Simões Barata, ex-CEO da Odebretch no Peru, e nas investigações do governo americano que apontam indícios dos crimes cometidos.
A informação foi divulgada por meio da conta de Twitter do Poder Judiciário informando que o pedido se encontrava na mesa da Sala Penal Nacional para avaliação pelo Primeiro Juizado de Investigação Preparatório Nacional, que tem dois dias para decidir pela prisão ou negar o pedido.
Antes do pedido de prisão, o Ministério Público formalizou a instauração de investigação preliminar para apurar crimes de lavagem de dinheiro e de tráfico de influência.
Além de Toledo, o CEO da Odebretch, Jorge Barata, e o empresário e operador Josef Maiman também serão investigados.
Maiman teria emprestado as contas das suas empresas no exterior para receber 11 dos 20 milhões de dólares. Outra parte do dinheiro teria sido depositada em contas offshore abertas pela sogra de Toledo em Costa Rica.