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Afeganistão: Ataque em quartel é controlado após 21 mortes

Outras 60 pessoas ficaram feridas. Três homens-bomba explodiram portas e cinco insurgentes invadiram local, mas foram abatidos pelas autoridades

Internacional|Da EFE

Ataque de insurgentes em quartel deixa 21 mortos
Ataque de insurgentes em quartel deixa 21 mortos

Pelo menos 21 pessoas morreram, entre elas oito insurgentes, e outras 60 ficaram feridas neste domingo (5) em um ataque coordenado contra o quartel-general da polícia da província de Baghlan, no norte do Afeganistão, que já foi controlado, informaram fontes oficiais.

O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, confirmou no Twitter o fim do ataque em Pol-e-Khumri, a capital regional, com a morte de todos os insurgentes envolvidos.

Um primeiro insurgente suicida detonou um carro-bomba na parte de trás do edifício e outros dois se explodiram em frente ao portão principal, abrindo passagem para que cinco talibãs entrassem no recinto, explicou à Agência Efe o porta-voz da polícia de Baghlan, Jawid Basharat.

Os cinco insurgentes que atacaram o quartel foram abatidos pelas forças de segurança após um enfrentamento que durou várias horas, acrescentou o porta-voz policial.


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O Ministério de Interior confirmou em comunicado a morte de 13 agentes das forças de segurança e assinalou que outras 60 pessoas ficaram feridas, 35 policiais e 25 civis.

O porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, reivindicou no Twitter a autoria da ação e detalhou que se trata de um ataque suicida com um carro-bomba contra o quartel-general da polícia de Baghlan.


A fonte situou em cerca de 100 o número de baixas entre as forças de segurança, mas os insurgentes costumam oferecer informações exageradas sobre o alcance de suas ações

O ataque acontece depois que 3.200 anciões tribais, líderes políticos e cidadãos influentes se reuniram esta semana em Cabul para analisar possíveis negociações de paz com os talibãs, e pediram um cessar-fogo e um diálogo "intra-afegão".


Nos últimos meses, Washington, que mantém sua presença no Afeganistão como parte da missão da Otan de capacitação e treinamento das tropas afegãs, e os insurgentes talibãs mantiveram seis rodadas de negociação em países do Golfo Pérsico.

No entanto, os talibãs se recusam a realizar conversas com o governo afegão.

Os insurgentes e o governo afegão se reuniram em 2015 no Paquistão em seu primeiro e último encontro até agora, pois o processo foi suspenso pouco tempo depois, quando veio à tona a notícia da morte - que tinha ocorrido dois anos antes - do mulá Omar, o fundador do movimento talibã.

O Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (Sigar, na sigla em inglês) do Congresso dos Estados Unidos, informou nesta semana que deixou de divulgar dados sobre o controle territorial das partes em conflito no país asiático por decisão das tropas internacionais.

Em seu estudo anterior, publicado em janeiro, o Sigar alertava que o controle do governo afegão tinha alcançado seu ponto mais baixo desde que o dado começou a ser contabilizado em 2015, com apenas 54% do território em suas mãos, 12% em poder dos insurgentes e o restante em disputa.

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