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Agência Internacional de Energia Atômica diz garantir que programa do Irã é 'exclusivamente pacífico'

República Islâmica ainda não deu explicações sobre a detecção de urânio em três instalações do país não declaradas

Internacional|Do R7

O diretor geral da AEIA preocupa-se com a detecção de urânio em instalações iranianas não declaradas
O diretor geral da AEIA preocupa-se com a detecção de urânio em instalações iranianas não declaradas

A AEIA (Agência Internacional de Energia Atômica) afirmou nesta quarta-feira (7) que "não pode garantir que o programa nuclear do Irã é exclusivamente pacífico", devido à falta de explicações sobre a detecção de urânio em instalações iranianas não declaradas.

Em um relatório ao qual a AFP teve acesso, poucos dias antes de uma reunião de ministros da AIEA, a agência da ONU afirma que seu diretor-geral, Rafael Grossi, está "cada vez mais preocupado" com o fato de que não aconteceram avanços no esclarecimento da presença passada de material nuclear em três instalações não declaradas.

Por este motivo, o relatório pede à República Islâmica "que responda às obrigações legais" o mais rápido possível.

A questão é um dos temas mais delicados na negociação diplomática que começou em abril de 2021 em Viena para tentar salvar o acordo de 2015.


O acordo pretendia garantir a natureza civil do programa atômico iraniano com limitações drásticas ao projeto, em troca de uma flexibilização das sanções econômicas vigentes contra a República Islâmica.

O acordo entrou em colapso em 2018, quando o governo dos Estados Unidos anunciou a saída unilateral do pacto, por iniciativa do então presidente Donald Trump.


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Teerã voltou a pedir na terça-feira o fim da investigação da AIEA, para possibilitar um novo acordo com todas as partes (Reino Unido, Estados Unidos, França, China, Rússia, Alemanha e UE).

Em outro relatório, a AIEA destaca que o Irã continuou acumulando urânio enriquecido nos últimos meses. O estoque iraniano de urânio enriquecido supera em 19 vezes o limite autorizado pelo acordo internacional de 2015, afirma o documento.

Teerã elevou as reservas totais até 21 de agosto a 3.940,9 quilos, contra 3.809,3 kg em meados de maio e muito acima do teto de 202,8 quilos do acordo.

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